Os edifícios licenciados aumentaram 15,9%, para 4,1 mil, e as obras concluídas decresceram 2,6%, para 2,7 mil, no terceiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2015, divulgou esta terça-feira o INE.

No segundo trimestre as obras licenciadas e concluídas tinham registado evoluções homólogas de 14,5% e de -10,7%, respetivamente. Segundo os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), os edifícios licenciados para construções novas aumentaram 15,6% (+13,6% no segundo trimestre de 2016), enquanto no licenciamento para reabilitação o acréscimo foi de 12,2% (+13,9% no segundo trimestre).

Face ao trimestre anterior, o número de edifícios licenciados diminuiu 4,1% (+11,3% no segundo trimestre) e os edifícios concluídos aumentaram 8,0% (-1,4% no segundo trimestre), enquanto o licenciamento para construções novas diminuiu 5,5% e as obras de reabilitação decresceram 1,4%.

Do total de edifícios licenciados entre julho e setembro, 63,7% corresponderam a construções novas e, destas, 70,7% destinaram-se a habitação familiar. Os 346 edifícios demolidos correspondem a 8,5% do total de edifícios licenciados no terceiro trimestre de 2016.

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Numa análise por regiões, verifica-se que todas registaram variações homólogas positivas nos edifícios licenciados, com exceção dos Açores (-7,4%), tendo as variações mais elevadas ocorrido na Área Metropolitana de Lisboa (+41,5%) e no Algarve (+29,5%).

Por outro lado, a Madeira foi a única região que apresentou uma variação negativa no licenciamento para construções novas (-13,3%), tendo todas as restantes regiões apresentado variações homólogas positivas, novamente com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve, com +53,7% e +50,7%, respetivamente.

Quanto ao licenciamento para reabilitação de edifícios, os Açores foram a única região com uma variação homóloga negativa (-26,0%), tendo-se destacado, pela positiva, o Alentejo (+33,0%) e a Madeira (+27,3%).

Face ao terceiro trimestre de 2015, os fogos licenciados em construções novas para habitação familiar aumentaram 39,3%, menos 21,3 pontos percentuais do que a variação do trimestre anterior (+60,7%).

As regiões autónomas dos Açores e da Madeira apresentaram variações homólogas negativas nesta variável, com -23,4% e -12,0%, respetivamente, tendo todas as restantes regiões registado variações homólogas positivas, com destaque para o Algarve (+241,6).

Segundo o INE, “esta variação resulta principalmente do licenciamento de novos edifícios de apartamentos, com um maior número de pisos e de fogos”.

Numa análise por municípios, o instituto estatístico diz verificar-se “uma elevada concentração dos fogos licenciados num reduzido número de municípios, tendo em conta que em apenas cinco municípios foram licenciados 28,3% do total de fogos no terceiro trimestre de 2016”.

No que respeita à área total licenciada, apresentou no terceiro trimestre um acréscimo homólogo de 27,5%, com a região do Algarve a apresentar a variação positiva mais elevada (113,2%) e a Madeira a protagonizar o único decréscimo nesta variável (-38,0%).

Relativamente às obras concluídas (construções novas, ampliações, alterações e reconstruções) entre julho e setembro, o INE reporta que dos 2,7 mil edifícios estimados (-2,6% face ao terceiro trimestre de 2015) a maioria correspondeu a construções novas (68,3%), das quais 65,1% tiveram como destino a habitação familiar.

A Madeira, a Área Metropolitana de Lisboa, os Açores e a região Centro registaram um aumento no número de edifícios concluídos (+24,2%, +13,4%, +10,1% e +1,6%, respetivamente), e as outras regiões recuaram, com destaque para o Algarve (-16,5%).

As obras concluídas para construções novas diminuíram 1,2% em termos homólogos e as obras de reabilitação decresceram 5,5%, sendo que face ao trimestre anterior a evolução foi de +8,4% e +7,1%, respetivamente.

As obras concluídas em construções novas aumentaram na Área Metropolitana de Lisboa (+24,1%), nos Açores (+11,5%) e no Centro (+4,2%) e recuaram nas restantes regiões, com especial destaque para o Alentejo (-15,0%).

A Madeira e os Açores apresentaram variações homólogas positivas de +91,7% e +7,3% nas obras concluídas para reabilitação, enquanto as restantes regiões apresentaram reduções, nomeadamente o Algarve (-26,2%).

De julho a setembro, o número de fogos concluídos em construções novas para habitação familiar aumentou 12,7% (mais 29,6 p.p. do que a variação homóloga do trimestre anterior, tendo apresentado variações homólogas positivas as regiões do Algarve (+81,8%), Centro (+33,7%), Área Metropolitana de Lisboa (+12,0%) e Alentejo (+6,5%).

Do total de edifícios concluídos no terceiro trimestre, 71,4% localizavam-se no Norte e Centro, correspondendo-lhes cerca de 65,6% do total de fogos concluídos. À região Norte correspondeu um peso de 38,0% dos edifícios e 34,0% dos fogos concluídos em todo o país e na Área Metropolitana de Lisboa foram concluídos 8,6% do total de edifícios e 12,0% do total de fogos.

Considerando a área total construída em Portugal, no terceiro trimestre recuou 17,6% face ao mesmo período de 2015, tendo a Madeira e os Açores registado aumentos de +99,6% e +9,6%, respetivamente, e o Algarve liderado os decréscimos com -55,0%.