Pela primeira vez na história do futebol, um penálti foi assinalado com a ajuda de vídeo-árbitro. A situação ocorreu nas meias-finais do Mundial de Clubes do Japão 2016, que opôs o Kashima Antlers ao Atlético Nacional.

A situação causou alguma polémica não só pela novidade do momento mas também pelo tempo que demorou a ser assinalada — o jogo esteve interrompido durante mais de dois minutos até o arbitro tomar uma decisão. O juiz da partida,Viktor Kassai, decidiu-se então pela grande penalidade. Isolando o lance no momento em que a bola é disputada, há efetivamente falta, porque o jogador do Kashima Antlers é tocado no pé pelo adversário, provocando o desequilíbrio.

Mas, se olharmos para a linha da barreira defensiva, o mesmo jogador está ligeiramente adiantado, ficando em posição irregular. O fora-de-jogo não assinalado causou nova polémica sobre o lance, mas ainda assim a decisão do árbitro foi correta. E porquê? A FIFA explica.

Num texto publicado no site oficial da instituição que gere o futebol, é explicado que tanto o árbitro da partida como o fiscal de linha deixaram o lance decorrer até ver no que resultava. O jogador que sofreu a falta estava em fora-de-jogo, mas uma vez bloqueado não pôde disputar o lance.

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“Antes de o penálti ser cometido, o árbitro assistente (fiscal de linha) tinha aplicado corretamente a opção de esperar até ver como terminava a jogada a respeito da possível posição de fora-de-jogo do jogador protagonista da infração.”

Além disso o sistema de vídeo-árbitro apenas analisa lances de golo, penáltis, confusão de identidades e cartões vermelhos. Os fora-de-jogo não são analisados pelo sistema.

Em Portugal, o vídeo-árbitro teve os primeiros testes no jogo desta quarta-feira entre o Real Massamá-Benfica, e esta quinta-feira no jogo do Vitória de Guimarães-Vilafranquense, ambos para a Taça de Portugal.