A Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) destacou esta quarta-feira a subida de 8% do emprego no setor até junho, que confirma o cenário de recuperação da construção.
Na nota de conjuntura de agosto, a federação sinaliza que de acordo com os últimos resultados do Inquérito ao Emprego produzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de trabalhadores do setor cresceu 8% até junho, para quase 310 mil trabalhadores, valor que compara com os 287 mil trabalhadores de há um ano.
“Esta evolução revelou-se mais intensa do que a do total do emprego, mais 3,3%, levando a que o peso do emprego do setor no total recuperasse para 6,6% (6,3% no período homólogo)”, refere a FEPICOP.
A federação refere ainda outros indicadores, que apontam para um crescimento da atividade da construção, como é o caso do consumo de cimento, que aumentou 15% até julho, em linha com o Índice de Produção da Construção, calculado igualmente pelo INE, e que apontava para um crescimento de 1,8% até julho, em termos homólogos, após 6 anos consecutivos de quebras.
A justificar o aumento da atividade dos vários segmentos do setor, observou-se, nos meses mais recentes, um forte dinamismo tanto no mercado imobiliário, particularmente o residencial, como no mercado das obras públicas”, acrescenta.
Assim, apurou-se um crescimento de 26%, até junho, no número de fogos novos licenciados, para perto de sete mil fogos em termos acumulados nos primeiros seis meses do ano, de acordo com os dados disponibilizados pelo INE.
Por outro lado, indica ainda a FEPICOP, a evolução observada no mercado das obras públicas tem sido ainda mais intensa, com aumentos de 84% e 88%, respetivamente, no valor dos concursos públicos promovidos e valor dos contratos celebrados, até julho de 2017 e face ao mesmo período do ano anterior.
A análise da evolução do mercado das obras públicas ao longo dos primeiros meses de 2017 permite assim à federação afirmar “que a forte expansão do valor contratado correspondeu a um maior número de contratos celebrados, com mais empresas de construção a realizar obras e que estas, em termos médios, são de montante mais elevado do que em igual período de 2016”.
Também “o forte acréscimo do montante de concursos promovidos correspondeu a um maior número de procedimentos lançados do que em 2016 (mais 69%) e de valor superior, em termos médios”, indica.