A Câmara de Oleiros anunciou, esta quarta-feira, que o incêndio que afetou o concelho no domingo e na segunda-feira destruiu 15 mil hectares de floresta e 70 casas, 20 das quais de primeira habitação.

“O balanço provisório aponta para cerca de 70 casas ardidas, 20 das quais de primeira habitação, muitos animais mortos, um lagar de azeite destruído na aldeia de Sobral e cerca de 15 mil hectares de floresta ardida”, disse à agência Lusa o presidente deste município do distrito de Castelo Branco.

Fernando Marques Jorge sublinhou que perante este cenário é preciso “enfrentar o problema de frente”, sensibilizar as entidades responsáveis e o Governo, e começar a trabalhar e a reconstruir a zona.

Já sobre o conselho de ministros agendado para sábado, o autarca espera que sejam ali tomadas medidas semelhantes às que foram tomadas em junho, na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande.

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“Acho que estes concelhos [afetados no fim de semana] têm que ter as mesmas condições, assim como é obrigatório que se simplifique o apoio aos pequenos agricultores. As regras têm que ser as mesmas, somos todos portugueses”, concluiu.

Quanto à demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, o autarca de Oleiros disse que após a declaração do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a governante não tinha outra possibilidade que não sair do Governo.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e cerca de 70 feridos (mais de uma dezena dos quais graves), além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O Governo decretou três dias de luto nacional, até quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.