A direção da ADSE (o sistema de saúde dos funcionários públicos e pensionistas do Estado) propôs uma nova tabela de preços que prevê aumentos nas consultas de clínica geral, de especialidade e medicina dentária. A atualização proposta será de 38,31% no caso das consultas de clínica geral e de 8,34% nas consultas de especialidade, de acordo com as tabelas enviadas ao conselho geral e de supervisão da ADSE que estão a ser citadas por vários jornais.

Os novos valores são para entrar em vigor no próximo ano e está igualmente prevista uma subida da parte paga pelo beneficiário por consulta em 1,51 euros, de 3,99 euros para cinco euros. As novas tabelas ainda não foram aprovadas e o presidente da ADSE já admitiu deixar cair os novos preços.

Em declarações ao Jornal de Negócios, Carlos Liberado Batista defende os valores propostos. “Acho que a proposta é útil e faz sentido porque o valor das consultas não é atualizado há muitos anos e os beneficiários da ADSE sofrem discriminação” por parte dos prestadores de serviços. No entanto, deixou também a salvaguarda de que se o conselho geral e de supervisão não aceitar, a proposta não será implementada”.

O conselho diretivo pretendia que a nova tabela de preços para os médicos e clínicas que têm convenções com a ADSE começasse a ser aplicada 1 de janeiro de 2018, mas os representantes dos trabalhadores, que têm assento no conselho geral a de supervisão, não receberam bem as propostas que implicam aumentos dos custos para os beneficiários. O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública, José Abraão, lembra ao Dinheiro Vivo que os beneficiários já descontam todos os meses 3,5% dos salários ou pensões. “Não aceitamos que se peça aos beneficiários para pagarem mais”, disse.

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