O Japão entregou no Conselho de Segurança das Nações Unidas um projeto de resolução que pede uma extensão de 30 dias do mandato dos especialistas internacionais que investigam armas químicas na Síria.

O texto, conhecido pela agência France Presse, surge depois da rejeição de dois projetos de resolução concorrentes dos Estados Unidos e da Rússia sobre o futuro do grupo de especialistas da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) que investigam alegados ataques químicos na Síria.

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma proposta russa para prolongar e alterar o mandato da investigação internacional sobre o uso de armas químicas na guerra civil da Síria. Só quatro nações votaram favoravelmente a proposta, submetida pela Bolívia, mas eram precisos nove para que passasse.

Antes desta votação, a Rússia tinha vetado outra resolução dos Estados Unidos para prolongar o atual dispositivo de investigação, que Moscovo acusa de ser parcial e ter cometido erros graves.

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A resolução norte-americana recebeu onze votos a favor, dois contra (Rússia e Bolívia) e duas abstenções (China e Egito). O voto negativo da Rússia, proveniente de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido), constituiu um veto.

Este é o décimo veto russo em relação à Síria, cujo regime é apoiado pela Rússia. O texto russo exigiu uma revisão da missão do grupo e um congelamento do seu último relatório, envolvendo o regime de Bashar al-Assad num ataque de gás sarin em abril.

Washington, apoiado pelos europeus, opôs-se e pediu sanções contra os responsáveis pelo uso de armas químicas na Síria. Cerca de uma hora antes da votação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu na rede social Twitter que todo o Conselho de Segurança da ONU devia votar para renovar o mandato do grupo, de modo a “assegurar que o regime de Assad nunca mais possa cometer assassinatos em massa com armas químicas”.