A greve dos professores às avaliações, que se iniciou esta segunda-feira, levou a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) a avisar que se os docentes não repensarem a forma de protesto, os encarregados de educação terão que reagir.

Segundo um comunicado emitido pela confederação, depois de uma reunião do executivo, esta reação passa por “repensar a política educativa sobre os contratos de associação ou outras formas que permitam a todas as famílias poderem fazer a sua escolha pela escola”, incluindo a escolha pelos colégios privados.

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Somos Mães, Pais e Encarregados de Educação com os filhos no sistema de ensino português, público e particular. Não somos daqueles que sob a capa de estarem a defender os Pais e Encarregados de Educação, não têm filhos no sistema educativo, sem qualquer legitimidade e com desonestidade intelectual se arrogam no falso direito de dizer que esta greve defende o melhor para «os nossos filhos»”, disse a Confap.

Apesar de perceber “a necessidade sindical destas ações”, a Confap considera que estes protestos em particular constituem “um desrespeito pelo planeamento de trabalho que foi feito no início do ano letivo” e são “uma desonestidade intelectual” para com o trabalho de professores e alunos. “Esta greve suspende a vida dos jovens com danos irreparáveis para toda a vida”, concluiu a confederação.

Depois de um debate no Parlamento, na sexta-feira, os professores avisaram que não havia motivos para a greve não avançar. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) avisou também que, se necessário, os protestos podem prolongar-se durante o mês de julho.