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O ministro da Educação, Fernando Alexandre fala aos jornalistas após uma reuniões com organizações sindicais de professore sno Ministério da Educação, Ciência e Inovação, Lisboa, 3 de maio de 2024.O Governo convocou as 12 estruturas sindicais representantes dos professores para iniciar o processo negocial com vista à recuperação do tempo de serviço, assim como de outras medidas de valorização da carreira.
MIGUEL A. LOPES/LUSA
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As próximas negociações serão a 13 e 21 de maio

MIGUEL A. LOPES/LUSA

As próximas negociações serão a 13 e 21 de maio

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Setembro ou julho? Devolução do tempo de serviço deverá acontecer mesmo este ano. Sindicatos exigem que fique em decreto-lei

Sindicatos preferem que a reposição tenha início em julho (e não em setembro) e o Governo está disposto a negociar. No entanto, já decidiu que os reformados não serão contemplados.

1 de setembro de 2024. Foi esta a data que o Ministério da Educação propôs aos sindicatos dos professores para iniciar a devolução do tempo de serviço congelado. Os 12 dirigentes entraram de pé atrás na sala de negociações — depois de o ministro das Finanças atirar para 2025 o início da reposição — e, apesar de não terem saído desapontados, exigem que seja publicado em decreto-lei. Nas próximas reuniões querem negociar a antecipação da devolução para julho e o aumento do valor da primeira tranche. O Governo afirmou ter “abertura para melhorar” a proposta que apresentou esta sexta-feira.

Foi uma manhã repleta de reuniões para Fernando Alexandre, com a Fenprof a abrir as hostilidades. À saída da sala onde negociaram por hora e meia, o dirigente Mário Nogueira fez o anúncio: “A recuperação do tempo de serviço vai ter início — o primeiro faseamento — em 1 de setembro de 2024. E conclui-se no âmbito da legislatura”. Assim se dissiparam as duas linhas vermelhas que a Federação Nacional dos Professores tinha inicialmente traçado.

Mas Mário Nogueira quer mais: a recuperação deve iniciar dois meses antes, em julho. A mesma exigência foi feita mais tarde pelos restantes sindicatos, com o dirigente da FNE, Pedro Barreiros, a explicar que em julho se realizam as reuniões de avaliação. Assim, os “professores podem progredir aos escalões seguintes ainda com efeito em 2024”, contemplando já a reposição do tempo de serviço congelado, disse.

Apesar disto, para a Fenprof a questão não é uma divergência que tenha grande impacto na negociação. Por outro lado, “há aspetos com os quais” não podem concordar. Um desses é a decisão do Governo de manter as vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, já que “muitos professores que estarão em recuperação de tempo de serviço vão perder mais tempo de serviço porque vão ficar parados nas vagas sem poder progredir”, explicou.

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Delegação da FNE, liderada pelo secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros (2E) durante uma reunião com o ministro da Educação, Fernando Alexandre (2D), no Ministério da Educação, Ciência e Inovação, Lisboa, 3 de maio de 2024.O Governo convocou as 12 estruturas sindicais representantes dos professores para iniciar o processo negocial com vista à recuperação do tempo de serviço, assim como de outras medidas de valorização da carreira.
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12 sindicatos foram ouvidos pelo Ministério da Educação

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Um segundo aspeto é a percentagem recuperada por ano. A proposta do ministério liderado por Fernando Alexandre é de 20% por ano (o que se traduz em quatro anos e meio), mas a Fenprof (e a FNE) quer 30%. As propostas dos sindicatos — conforme o Observador já tinha escrito — variam entre uma devolução de 30% por ano (o que se traduz em três anos), 25% por ano (quatro anos) e um único sindicato, o S.T.O.P, propõe uma devolução de 50% por ano.

Governo pode ajustar proposta e não revela custos

Depois de os sindicatos insistirem na reposição de mais do que 20% por ano a iniciar em julho, os jornalistas confrontaram Fernando Alexandre, que no final da manhã, depois de terminar as reuniões, admitiu que há “abertura para melhorar a proposta” do Governo.

E recorreu a esta flexibilidade para justificar o porquê de não poder adiantar qual o custo da devolução dos 6 anos, 6 meses e 23 dias. “Temos os cálculos feitos. Mas não vou avançar nenhum valor”, disse. “Cada alteração que fizermos a esta proposta vai ter implicações orçamentais muito significativas. Para não gerar ruído, e porque estamos abertos a fazer ajustes à proposta que fizemos”, rematou.

Há cerca de duas semanas, quando se reuniu pela primeira vez com os sindicatos, o ministro informou que o seu ministério tinha criado uma equipa com o propósito de fazer os cálculos associados a esta medida (além dos cálculos que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental está a fazer). Antes disso, estimava-se que tivesse um valor de 300 milhões de euros.

Medida em decreto-lei até junho

A intenção de recuperar o tempo de serviço congelado constava no programa eleitoral do PSD, no programa de Governo da Aliança Democrática e foi reiterada pelo ministro da Educação. Mas mesmo assim os sindicatos exigem a publicação de um decreto-lei que garanta que a recuperação vai acontecer a partir deste ano. Na base da exigência dos professores está o receio de que o Governo caia.

"O tempo de recuperação é para os professores que estão no ativo”
Fernando Alexandre, ministro da Educação

A FNE admite só ficar satisfeita com o Ministério da Educação “quando for convertida em decreto-lei” a decisão. E a publicação do mesmo tem de acontecer “até finais de junho, início de julho”, após a conclusão das negociações (no dia 21 de maio).

O dirigente, Pedro Barreiros, tem receio de que “haja uma queda de Governo, que obrigue a reiniciar o processo negocial”. A mesma exigência é partilhada pela Fenprof, conforme revelou o Observador na quinta-feira.

“Aposentados são problema da CGA”

Aqueles que se reformaram entre 2018 (ano em que as carreiras descongelaram) e 2024 são uma preocupação transversal aos 12 sindicatos ouvidos por Fernando Alexandre. Nem todos defendem a recuperação do tempo de serviço com retroativos (como é o caso da Fenprof), mas todos eles propõem um mecanismo compensatório.

A organização liderada por Mário Nogueira, por exemplo, propõe que “em vez de ser considerada toda a vida contributiva para efeitos de constituição da pensão, seja possível que possa haver uma seleção dos X melhores anos”.

“Se é para recuperar este ano, que saia o decreto-lei agora”. Fenprof exige uma garantia da devolução do tempo de serviço

Mas foi no final da última reunião, em que Fernando Alexandre ouviu 10 sindicatos (como a SIPE, FEPECI e o S.TO.P.), que a indignação ganhou mais força. À porta da sala de negociações, avançaram que os reformados — e aqueles que estão prestes a fazê-lo — não terão direito a qualquer recuperação.

Pouco depois, o responsável pela pasta da Educação confirmou: “Os professores aposentados são um problema da Caixa Geral de Aposentações e Segurança Social. O tempo de recuperação é para os professores que estão no ativo”.

Na próxima ronda negocial, já marcada para os dias 13 e 21 de maio, os sindicatos voltarão a trazer este tema à mesa, Mas não fica por aqui. A Fenprof sugeriu esta sexta-feira que nesses dias seja também discutida a mobilidade por doença e “o ministro aparentemente aceitou” a proposta, disse Mário Nogueira.

 
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