O glifosato, herbicida conhecido pelas recentes polémicas judiciais que envolveram a empresa agroquímica Monsanto, é ainda o mais usado em todo o mundo. Estudos recentes mostram que os seus efeitos são altamente nocivos para a flora microbiana das abelhas produtoras de mel, deixando-as mais vulneráveis contra doenças e infeções, podendo-as conduzir à morte.

Recentemente tem-se verificado que o glifosato produzido pela Monsanto, que é utilizado excessivamente nas grandes produções agrícolas, tem conduzido ao declínio mundial das populações de abelhas, bem como à destruição dos seus habitats.

O químico, embora não aparente ter uma ação direta em animais, e seja utilizado apenas para eliminar plantas e bactérias não desejadas para a agricultura, elimina bactérias essenciais que se encontram no intestino das abelhas que estão expostas ao químico.

Fact check. O glifosato causou cancro ao jardineiro norte-americano que processou a Monsanto?

Segundo Erik Motta, investigador na universidade de Austin, em declaração ao The Guardian, “demonstramos que a abundância de espécies microbióticas no intestino das abelhas é menor por estarem expostas ao glifosato”, concluindo que as abelhas trabalhadoras mais jovens são mais vulneráveis a doenças, uma vez que tiveram contacto com o herbicida. Outro estudo publicado na China pela Academia Chinesa da Agricultura, defende que as larvas das abelhas crescem mais lentamente e morrem com mais frequência, quando expostas a glifosato.

Embora a multinacional agroquímica afirme que não há ligação entre o uso dos herbicidas e os danos causados às abelhas, a comunidade científica defende afirmativamente que a sua utilização está a causar danos irreversíveis e que este problema passa a estar na ordem do dia na agenda de preocupações ambientais.

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