A resposta das Forças Armadas em desastres humanitários vai ser uma realidade cada vez mais frequente e mais presente, afirmou esta sexta-feira, em Coimbra, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.

O “inter-relacionamento entre a missão essencial das Forças Armadas e o apoio às populações é uma característica que acho que precisa de ser cada vez mais evidenciada”, defendeu o membro do Governo, que falava na sessão de encerramento do 4.º Seminário IDN (Instituto da Defesa Nacional) Jovem, que decorreu na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC).

O ministro apontou para o caso do deslizamento de terras e colapso de um troço da estrada em Borba, onde além das várias instituições civis, estão engenheiros do Exército, assim como mergulhadores e equipamentos da Marinha.

“Isso é uma reação natural e frequente e imediata que as Forças Armadas têm. Acho que vai ser uma realidade cada vez mais visível”, assim como “mais frequente e mais presente”, vincou.

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No discurso, João Gomes Cravinho apontou como exemplo disso a proposta de Lei de Programação Militar, aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, que prevê um investimento de 4,74 mil milhões de euros, em que a grande maioria é “em equipamento de duplo uso – utilizável para efeitos militares, e é essa a sua lógica primordial, mas também utilizável para situações civis”.

Face à possibilidade de os desastres humanitários poderem ser cada vez mais frequentes, a colaboração das Forças Armadas nesta área também será maior, realçou, considerando que essa aproximação já está a ser feita.

Durante a sessão de encerramento, João Gomes Cravinho alertou também para os desafios na área da ciberdefesa, que considerou terem “muita relevância” no atual momento.

Essa área, destacou, será prioritária no que toca ao desenvolvimento de capacidades novas nos próximos anos, disse o ministros, salientando que é necessário renovar o pensamento estratégico e o desenvolvimento de competências nesta área específica.