Um grupo neonazi é responsável por uma propaganda online onde é sugerido que o príncipe Harry é um “traidor da raça” por ter casaco com Meghan Markle e, por isso, deve ser abatido.
Um estudante universitário de Bath e um adolescente londrino estão alegadamente entre os membros de uma versão britânica do violento grupo neonazi norte-americano Atomwaffen Division (a palavra alemã “atomwaffen” significa “arma atómica”), que encoraja o terrorismo e idolatra Adolf Hitler e Charles Manson, avança uma investigação da BBC.
O líder do grupo norte-americano, Brandon Russell, foi condenado em 2018 a cinco anos de prisão, depois de terem sido descobertos materiais para fabricação de bombas no seu apartamento no estado da Flórida. Estima-se que a versão britânica do grupo não tenha mais do que 10 a 15 membros no Reino Unido e em alguns países europeus.
A BBC teve acesso a mensagens privadas trocadas entre membros do grupo britânico conhecido como Sonnenkrieg Division. As provas sugerem que o líder é Andre Dymock, de 21 anos, apesar de o próprio negar. Oskar Koczorowski, o adolescente de apenas 17 anos que também é associado ao grupo, não prestou quaisquer declarações à BBC.
O grupo tem partilhado imagens violentas nas redes sociais. Uma delas sugere que Harry tem de ser abatido pelo casamento “inter-racial” que protagonizou no passado dia 19 de maio, aquando do matrimónio com a ex-atriz norte-americana Meghan Markle. A imagem mostra uma arma a ser apontada à cabeça do príncipe e na legenda é possível ler: “Vemo-nos mais tarde traidor da raça”. As mensage
With this poster, Sonnenkreig Division (SKD)—essentially the UK wing of Atomwaffen Division—advocated for murdering Prince Harry because he married Meghan Markle. There’s also another poster where they say all female police should be raped, similar to National Action propaganda. pic.twitter.com/kP6g83nuSu
— Jake Hanrahan (@Jake_Hanrahan) December 6, 2018
A BBC compromete-se a entregar o que descobriu às autoridades competentes, sendo que o grupo também aparece envolvido em casos de abuso sexual a jovens e incita à violência sobre mulheres. Noutros cartazes, o grupo defende que todas as mulheres-polícia deviam ser violadas.