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Árbitro do jogo entre Portugal e Sérvia tem historial de polémicas e contestação em competições importantes

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Szymon Marciniak já está habituado a ver as suas decisões criticadas. Dois jogos entre o FC Porto e a Roma provocaram a ira dos responsáveis italianos. Árbitro veio mais cedo do Mundial 2018.

Szymon Marciniak, de 38 anos, arbitrou dois jogos no Mundial 2018
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Szymon Marciniak, de 38 anos, arbitrou dois jogos no Mundial 2018

AFP/Getty Images

Szymon Marciniak, de 38 anos, arbitrou dois jogos no Mundial 2018

AFP/Getty Images

Corria o minuto 72 quando a bola encontrou o braço do defesa Rukavina, dentro da área sérvia. O árbitro polaco Szymon Marciniak assinalou penálti, mas recuou por recomendação do árbitro auxiliar. Tanto os jogadores portugueses como Fernando Santos não tardaram em contestar a decisão ou, melhor ainda, a indecisão. Cristiano Ronaldo entendeu que o penálti “é muito claro”, Fernando Santos foi à cabine do árbitro e recebeu um pedido de desculpas e João Cancelo vai mais longe e diz que o juiz polaco “prejudicou o resultado do jogo”. “Sinto-me frustrado. Isto é gozar com o meu esforço e com o dos meus colegas”, disse Cancelo no final do jogo, à RTP. Mas esta não é a primeira vez que Szymon Marciniak vê o seu juízo contestado — na verdade, é mesmo a terceira vez em que as suas decisões controversas envolvem portugueses.

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Szymon Marciniak é árbitro desde 2002 e estreou-se sete anos mais tarde na principal liga polaca, onde já arbitrou quase 250 jogos. Com 38 anos, conta com quase 400 jogos de apito na boca. Para além da Ekstraklasa — a primeira divisão do futebol polaco –, Marciniak já ajuizou quase meia centena de jogos das competições europeias, a maioria na Liga dos Campeões, incluindo a final da Supertaça Europeia no início desta época, ganha pelo Atlético de Madrid, que derrotou o Real, na Estónia.

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É precisamente nos jogos das competições europeias que Szymon Marciniak encontra mais anticorpos e dois dos jogos envolveram as mesmas equipas: FC Porto e Roma. O mais recente — já este ano — foi o jogo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, no Estádio do Dragão. Os dragões deram a volta à derrota sofrida em Roma e apuraram-se para os quartos de final. Os responsáveis da Roma e, em particular, James Pallotta, o dono do clube, não escondeu o seu descontentamento relativamente à arbitragem.

“Na época passada pedimos VAR na Liga dos Campeões porque fomos tramados nas meias finais. Hoje houve VAR e mesmo assim somos roubados. Patrik Schick foi claramente derrubado na área, o VAR mostra-o mas nada foi assinalado”, contestou Pallotta no final do jogo. Szymon Marciniak era precisamente o árbitro responsável pelo VAR. Não foi a primeira vez que foi criticado pelo dono da Roma. No dia 23 de agosto de 2016, Marciniak arbitrou a segunda mão do jogo entre romanos e portistas, a contar para o playoff de acesso à fase de grupos. Os dragões venceram com três golos sem resposta e o polaco expulsou dois jogadores da Roma. No fim do jogo James Pallota estava “desiludido com o árbitro” e apelidou a sua prestação de “nojenta”.

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Ainda na Liga dos Campeões, Szymon Marciniak não esgota o plafond de críticas em jogos entre romanos e portistas. As críticas têm início e maior fulgor no ano de 2017. O Real Madrid — ainda com Cristiano Ronaldo — recebeu o Tottenham na fase de grupos e as duas equipas empataram a um golo, mas com um lance a gerar polémica na área do Real. “Kane passou por Sergio Ramos e cruzou para Llorente, que estava mesmo de frente para a baliza. O Real acabou por cortar a bola mas as repetições mostram um contato entre Llorente e Casemiro na área do Real. Mas não houve apito por parte do árbitro polaco Szymon Marciniak”, pode ler-se na crónica do jogo do jornal Marca.

(Lance na área do Real Madrid entre Fernando Llorente e Casemiro)

Outro jogo envolto em polémica foi o que opôs Real Madrid e Ajax já este ano. No jogo da primeira mão, em Amesterdão, foi anulado um golo ao Ajax aos 37 minutos que, na altura, valeria o 1-0 para os holandeses. Damir Skomina anulou o golo depois da recomendação do vídeo-árbitro… Szymon Marciniak. Curioso é o facto de Marciniak ter estado nomeado como árbitro principal mas, em cima da hora do jogo, foi substituído por Skomina, alegando uma lesão, segundo conta o AS.

Mas não só em jogos entre clubes Marciniak é contestado. O árbitro polaco foi nomeado pela FIFA para participar no Mundial 2018, na Rússia. Marciniak apenas arbitrou dois jogos, causando alguma estranheza na Polónia. Em entrevista ao jornal polaco Sportowe Fakty, o árbitro defende-se dizendo que apenas fez dois jogos porque estava integrado numa das equipas mais jovens do torneio. “Apesar de termos gostado de fazer mais jogos, temos de ter paciência e humildade. Ainda temos muitos anos de arbitragem pela frente e acredito que estejamos em mais do que um grande torneio”, disse o árbitro. Marciniak foi particularmente criticado por dois lances, um em cada jogo que arbitrou.

No jogo entre a Alemanha e a Suécia da segunda jornada do grupo F, o avançado sueco Berg ia isolado para a baliza e foi derrubado por Jerome Boateng. O árbitro polaco podia ter revisto o lance depois de recorrer ao VAR, mas escolheu não o fazer. “O VAR analisou o lance para ver se o que eu vi coincidiu com a imagem no ecrã. Depois de interromper o jogo, informei os jogadores que a situação estava esclarecida. Fim. Os jogadores aceitaram e não protestaram. Não sei quem e com que propósito diz barbaridades como a que eu me sinto mais inteligente que o VAR, ou que ignorei o sistema. É mentira”, esclareceu Marciniak.

O outro lance ocorreu no jogo que opôs argentinos a islandeses, na primeira jornada do grupo D. No minuto 77, com o jogo empatado a um golo, Pavón cai na área da Islândia e, tal como no outro jogo, Marciniak não assinala penálti, e neste jogo nem ao VAR recorre para tirar dúvidas. O árbitro foi criticado, mas a sua prestação nesse jogo mereceu elogios por parte da FIFA. “É verdade, tivemos uma boa avaliação no Argentina-Islândia. Estivemos muito bem, especialmente porque houve alguns lances difíceis e todos eles foram avaliados de forma correta. Quanto aos críticos, habituei-me ao facto de os meus compatriotas serem sempre os que mais falam sobre mim”, disse o árbitro ao jornal polaco.

(Pávon cai na área da Islândia e o árbitro nada assinalou)

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