A carrinha da Mini não é avessa a versões musculadas, desde logo por oferecer a Cooper S desde 2015, que extrai do motor 2.0 turbo 192 cv, capazes de impulsioná-la até aos 228 km/h, levando-a a passar pelos 100 km/h em 7,3 segundos. Para os mais exigentes, a Clubman passou a montar, em 2017, o motor mais possante, o John Cooper Works de então, com 231 cv (238 km/h e 0-100 km/h em 6,3 segundos), ainda que isso exigisse a tracção integral ALL4 para civilizar o comportamento. Mas, agora, a Mini Clubman dá o seu salto mais significativo em matéria de potência, ao recorrer à mais recente versão do motor 2.0 sobrealimentado da John Cooper Works, que atinge 306 cv.

O motor desta nova versão é essencialmente o mesmo, com quatro cilindros, dois litros de capacidade (mais precisamente 1.998 cc) e um turbocompressor para fornecer o ar necessário para alimentar a maior cavalagem. E o truque está sobretudo aqui, pois ao montar um turbocompressor de maiores dimensões, a Mini conseguiu saltar dos anteriores 231 cv para os “novos” 306 cv, isto enquanto a “força” evolui dos originais 320 Nm para os actuais 450 Nm de binário. De caminho, a Mini passou igualmente a uma injecção que fornece gasolina a 350 bar, entre muitas outras pequenas alterações no interior do motor, para o adaptar ao incremento do esforço, tanto mais que tinha de compensar a presença do filtro de partículas para motores a gasolina, obrigatório (de momento) para as versões sobrealimentadas.

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Para passar a maior potência ao asfalto, a marca passa a confiar apenas na caixa automática de oito velocidades (convencional e não de dupla embraiagem), muito provavelmente porque os 450 Nm excediam a resistência das caixas manuais habitualmente utilizadas. Mas a nova caixa, que a Mini denomina Steptronic, tem a vantagem de possuir Launch Control, o que faz maravilhas nos arranques.

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A transmissão é sempre integral, graças ao ALL4 da Mini (apesar deste não surgir na denominação oficial do modelo). Sendo que, desta vez, o sistema 4×4 mantém a embraiagem multidisco para passar a potência quando é necessário para as rodas traseiras, mas monta igualmente um autoblocante no eixo dianteiro, para tornar o comportamento mais eficaz.

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A nova “super” Clubman tira partido da maior potência, só não superando os 250 km/h por que a isso está limitada electronicamente, mas atingindo os 100 km/h ao fim de somente 4,9 segundos. Para colocar a John Cooper Works Clubman à altura das novas potencialidades do motor, a Mini procedeu a algumas melhorias no chassi, reduzindo a altura ao solo em 1 cm, montando molas e amortecedores mais duros (opcionalmente reguláveis, através dos modos de condução), vários reforços para incrementar a rigidez torsional e travões mais generosos, com 330 mm de diâmetro atrás e 360 mm à frente.

De salientar que esta nova mecânica passa igualmente a estar disponível no SUV da marca, o Mini John Cooper Works Countryman.