Vitória em casa para o Benfica, vitória em casa para o FC Porto. Vitória na Luz para o FC Porto, vitória no Dragão para o Benfica. Os quatro clássicos realizados até ao momento no Campeonato de basquetebol dificilmente poderiam ser mais equilibrados, com triunfos repartidos por vantagens entre os três e os cinco pontos à exceção do último da primeira fase na Invicta, em que os azuis e brancos chegaram a ter um avanço de 30 pontos antes de fecharem a partida em 96-78. Era perante este cenário que começava esta sexta-feira a meia-final da Liga, numa reedição do que se tinha passado na última temporada. E que, ao contrário do que aconteceu em 2017/18, começou com um triunfo dos encarnados em casa por 89-82 no primeiro jogo.

Depois do arranque demolidor com o espanhol Arturo Álvarez com 15 triunfos consecutivos no Campeonato, a derrota das águias frente ao FC Porto na primeira fase acabou por ser o início de um momento menos conseguido que teve pelo meio o desaire na final da Taça Hugo dos Santos (Oliveirense) e nos quartos da Taça de Portugal (Ovarense). Carlos Lisboa, antigo técnico dos encarnados, voltou ao comando da equipa, sofreu três derrotas em cinco jogos mas conseguiu reequilibrar a prestação dos encarnados, que fecharam a segunda fase com cinco vitórias seguidas antes de vencerem em três jogos o CAB Madeira nos quartos do playoff. Já o FC Porto, que manteve Moncho López como treinador da equipa pelo décimo ano consecutivo, arrancou mal (quatro desaires consecutivos nos seis encontros iniciais), melhorou, perdeu as duas últimas partidas da segunda fase mas voltou a destacar-se no arranque da fase a eliminar, fechando em três jogos os quartos com os açorianos do Terceira Basket.

Era neste contexto que se chegava à meia-final que, no plano teórico, deverá ser a mais equilibrada (na outra, a Oliveirense bateu a Ovarense a abrir por claros 99-72 com um terceiro período demolidor e mostrou ser nesta altura a formação mais forte da Liga). E que, perante o bom momento das duas equipas, era uma autêntica caixa de surpresas. Com o passar dos minutos, o jogo foi ganhando vida própria e foram as águias que saíram na frente para o jogo 2, que se vai realizar no domingo (16h).

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Apesar do triplo inaugural do americano Micah Downs, os dragões foram mantendo uma curta vantagem ao longo dos minutos iniciais do período inicial, altura em que um parcial de 8-0 dos encarnados com cinco pontos seguidos de Fábio Lima virou o encontro e colocou o Benfica na frente por 19-14 antes de Moncho López solicitar um desconto de tempo. Mais do que melhorar em termos ofensivos, a defesa dos azuis e brancos foi mais agressiva e consentiu apenas dois pontos nos últimos três minutos e meio, com os visitados a saírem com um ponto de avanço (21-20) para o segundo período. O equilíbrio continuou a ser a nota dominante mas um parcial de 7-2 nos últimos dois minutos levou os azuis e brancos em vantagem para o intervalo (43-40), tendo Pedro Pinto como principal destaque da equipa visitante com 14 pontos.

No arranque da segunda parte, e depois de cinco pontos consecutivos em pouco mais de 30 segundos, o Benfica passou para a frente do marcador e beneficiou da melhoria na eficácia de lançamento e no ressalto ofensivo para alcançar uma vantagem mais confortável, atenuada apenas por um triplo de Pedro Pinto mesmo a acabar o final do terceiro período que colocou o marcador em 70-66 após diferenças de sete/oito pontos. Tudo ficava em aberto para os derradeiros dez minutos da partida com mais pontos e triplos do que na primeira metade e com o FC Porto a recuperar a liderança do marcador a pouco mais de quatro minutos do final num contra-ataque concluído por António Monteiro. No entanto, e depois de um desconto de tempo de Carlos Lisboa, os encarnados voltaram a assumir a partida e, com Micah Downs e Arnette Hallman em destaque, conseguiram um parcial de 10-2 que fechou as contas do encontro com um triunfo para os visitados por 89-82.