Deslocar seres humanos ou carga, a cerca de 1000 km/h, hoje é apenas possível de avião. Mas as emissões poluentes dos gigantescos motores preocupam cada vez mais os governos de diversos países, o que leva à busca por soluções alternativas. E uma delas é o Hyperloop, que visa deslocar passageiros e mercadorias em cápsulas pressurizadas que levitam magneticamente num tubo em vácuo.

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Originalmente, a ideia do Hyperloop One – assim se denominava a empresa em 2014, quando foi constituída – partiu de Elon Musk. Mas, apesar de ter sido construído um curto percurso para testes e desenvolvimento, nunca surgiu um cliente que colocasse uma encomenda para que a deslocação de pessoas em cápsulas verdadeiramente arrancasse. Parece que este período de espera terminou, uma vez que a Índia, de acordo com Jay Walder, o CEO da Virgin Hyperloop One (a alteração da denominação seguiu-se à entrada de Richard Branson e da Virgin, em 2017), adquiriu um Hyperloop para ligar Bombaim a Pune (separadas por estrada em cerca de 150 km), estando as escavações agendadas para o final de 2020.

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De início vão apenas ser construídos 12 km de tubo, em que a levitação magnética se destina a reduzir o atrito e a aumentar o conforto, para depois o vácuo no seu interior anular a resistência ao avanço. Caso tudo funcione como previsto, o resto do percurso será finalizado, para que as deslocações entre as duas cidades seja possível a uma velocidade de 1078 km/h.

Para que a deslocação das cápsulas seja possível, minimizando as emissões nocivas, o topo do tubo deverá ser revestido por painéis solares. Após Musk ter publicado todos os dados recolhidos pela sua equipa de desenvolvimento em 2013, encorajando outros a abraçar esta tecnologia, foram várias as empresas que se interessaram nesta forma de viajar, com destaque para a Virgin Hyperloop One e a sua principal concorrente, a Hyperloop Technologies.