O Sindicato de Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) iniciam esta sexta-feira dois dias de congressos, sendo o extraordinário de sábado fundamental para a formação do sindicato unificado do setor financeiro. O congresso ordinário desta sexta-feira tem como objetivo dar posse aos órgãos sociais eleitos em abril e o extraordinário, no sábado, abrirá portas à fusão com o Sindicatos de Bancários do Centro (SBC), o Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal (Sinapsa) e o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora (STAS).

O congresso ordinário “é a consequência das eleições que ocorreram em abril e que elegeram os corpos gerentes”, disse à Lusa Rui Riso, presidente do SBSI, que espera “cumprir o mandato [2019-2023]. Em 11 de abril, o socialista Rui Riso foi reeleito presidente do SBSI, com os 6.055 votos conseguidos pela lista A, contra os 2.772 da lista B, liderada por João Pascoal.

Já o congresso extraordinário de sábado “é talvez o mais importante dos últimos tempos”, de acordo com o presidente do SBSI, já que abre portas à junção com outros sindicatos do setor. “Temos vindo, de há uns anos a esta parte, a tentar construir um sindicato maior, à semelhança do que acontece também noutros países, em que os sindicatos do setor financeiro albergam os vários subsetores”, disse Rui Riso à Lusa.

O ponto em discussão no congresso de sábado é a alteração estatutária que permita a junção “a mais um sindicato de bancários [SBC] e a dois sindicatos dos seguros [Sinapsa e STAS]”, afirmou o presidente. Rui Riso considerou que a alteração proposta para o congresso de sábado “contribui para alterações significativas no quadro sindical português, de uma forma histórica”, já que o objetivo de juntar todos os sindicatos “é um objetivo que se persegue desde o 25 de abril”.

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É óbvio que naquela época a proximidade era importante e não havia os meios de comunicação que há hoje, e se calhar se não houvesse um sindicato no Porto, outro em Coimbra e outro em Lisboa nunca mais as comunicações chegavam a lado nenhum”, prosseguiu.

Caso a alteração aos estatutos seja aprovada, terá ainda de ir ao Ministério do Trabalho para ser validada, e a fusão só será concretizada quando todos os sindicatos estiverem de acordo. “Estamos francamente entusiasmados com isto e esperemos que os nossos congressistas aprovem os novos estatutos para se poder desencadear todo esse processo”, manifestou Rui Riso.

Os congressos têm início às 10:00 desta sexta-feira e de sábado, respetivamente, e decorrem na sede da UGT, em Lisboa. O novo sindicato unificado do setor financeiro, que ainda não tem nome definido, deverá ser constituído formalmente no próximo ano, e segundo Carlos Silva, líder da UGT, será “o maior do país”, com “quase 60.000 associados”.