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Díaz & Soares, uma associação com fins lucrativos (a crónica do Coimbrões-FC Porto)

Este artigo tem mais de 4 anos

O FC Porto foi a Gaia golear o Coimbrões e fazer uma gestão previsível com a Liga Europa no subconsciente (0-5). Luis Díaz e Soares mostraram um entendimento acima da média e criaram três golos.

Colombiano e brasileiro, sozinhos, foram responsáveis por três dos golos dos dragões
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Colombiano e brasileiro, sozinhos, foram responsáveis por três dos golos dos dragões

José Carmo / Global Imagens

Colombiano e brasileiro, sozinhos, foram responsáveis por três dos golos dos dragões

José Carmo / Global Imagens

Antes da pausa para as seleções, o FC Porto perdeu com o Feyenoord. Mas mais do que perder com o Feyenoord na Holanda, num jogo que contou para a fase de grupos da Liga Europa, o FC Porto colocou um fim a uma série de oito vitórias consecutivas para todas as competições que durava desde agosto. Na hora de libertar os jogadores para os compromissos internacionais, Sérgio Conceição ficava com o grupo reduzido para trabalhar sobre uma derrota que vinha contra tudo aquilo que era a maré dos dragões até aí. O regresso ao trabalho estava marcado para este sábado: e era, em teoria, o confronto ideal para recuperar os níveis de confiança e rotular o jogo na Holanda como acidente de percurso.

Depois de o Sporting ser eliminado pelo Alverca, depois de o Benfica ultrapassar o Cova da Piedade, e também já depois de o V. Guimarães cair perante o Sintra Football, o FC Porto visitava o Coimbrões com a “obrigação” de seguir em frente, nas palavras de Sérgio Conceição. E visitar, aqui, não deixava de ser um eufemismo: o estádio do Coimbrões, com relvado sintético, não cumpria os requisitos exigidos e o encontro foi recolocado no Estádio Dr. Jorge Sampaio, em Vila Nova de Gaia, o recinto onde a equipa B do FC Porto costuma jogar na Segunda Liga.

Ficha de jogo

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Coimbrões-FC Porto, 0-5

Terceira eliminatória da Taça de Portugal

Estádio Dr. Jorge Sampaio, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Rui Oliveira (AF Porto)

Coimbrões: Fábio Mesquita, Ricardo Pedrosa, Pedro Tavares (Kléber, 66′), Mário Pereira, Raul Martins, Guilherme Gomes (Miguel Ângelo, 86′), Pedro Caeiro, Alex Tank, Diogo Portela, Ivo Lucas, Nikiema (Batistuta, 74′)

Suplentes não utilizados:

Treinador: Pedro Alves

FC Porto: Diogo Costa, Saravia, Mbemba, Diogo Leite, Manafá, Otávio (Romário Baró, 63′), Loum, Bruno Costa, Luis Díaz (Sérgio Oliveira, 71′), Soares (Aboubakar, 76′), Fábio Silva

Suplentes não utilizados: Marchesín, Marcano, Nakajima, Zé Luís

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Luis Díaz (6′, 68′), Soares (8′), Mbemba (12′), Fábio Silva (81′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Bruno Costa (29′), Saravia (52′)

Na hora de escolher o onze inicial, e tal como já tinha antecipado, Sérgio Conceição operou uma autêntica revolução na equipa: Diogo Costa era o guarda-redes titular, Saravia era opção depois de dois meses sem jogar, Mbemba e Diogo Leite formavam a dupla de centrais e Manafá estava na esquerda da defesa; Otávio, Loum, Bruno Costa e Luis Díaz ocupavam o setor intermédio; Soares e Fábio Silva eram a dupla ofensiva. Para além disso, Romário Baró estava apto e regressava às opções, começando a partida no banco de suplentes. Contra o Coimbrões, atual 10.º classificado da Série B do Campeonato de Portugal, Conceição entregava a responsabilidade da braçadeira de capitão ao jovem Diogo Leite e repescava Saravia, que ficou demasiado ligado ao jogo do Dragão com o Krasnodar que culminou com a eliminação do FC Porto da Liga dos Campeões.

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Os dragões entraram muito fortes, com uma dinâmica que era impossível de defender e de aguentar por parte do Coimbrões. O guarda-redes Fábio Mesquita ainda evitou o inaugurar do marcador duas vezes no mesmo lance, primeiro com Soares e depois com Otávio (2′), mas não conseguiu voltar a adiar o golo apenas quatro minutos depois: Otávio cruzou na direita, Soares amorteceu de cabeça e Luis Díaz driblou no interior da grande área para depois rematar rasteiro e abrir o resultado (6′). Dois minutos depois, os papéis inverteram-se e foi o colombiano a assistir o brasileiro, que rematou na diagonal para aumentar a vantagem (8′). Quatro minutos depois, foi Mbemba a aproveitar um ressalto na sequência de um canto para marcar o terceiro golo do FC Porto (12′). Adivinhava-se um resultado para lá de desnivelado — não só porque os dragões marcaram três golos antes de estar cumprido o primeiro quarto de hora, mas também porque era mais do que notória diferença de qualidade, capacidade e preparação entre os dois conjuntos.

Depois deste arranque mortífero, que terá sido cuidadosamente preparado por Sérgio Conceição, para resolver a eliminatória desde cedo e não adiar os golos decisivos, o Coimbrões conseguiu recuperar do desnorte causado pelos três golos de rajada e também beneficiou de um certo desacelerar por parte dos dragões. A equipa de Pedro Alves jogava mais aberta do que aquilo que seria de esperar, com muito espaço entre os setores e o grupo estendido no relvado, sem grande receio dos estragos que as transições adversárias poderiam causar. Do lado do FC Porto, destacava-se o pendor ofensivo de Saravia, que fazia muitas vezes esquecer que estava a jogar a lateral por aparecer constantemente em zonas mais interiores e até de finalização. Até ao intervalo, a equipa de Sérgio Conceição poderia ter chegado ao quarto golo por intermédio de Manafá (19′) e também de Loum (28′) mas o resultado chegou ao fim da primeira parte sem mais alterações e sem remates do Coimbrões à baliza de Diogo Costa.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Coimbrões-FC Porto:]

Na segunda parte, as duas equipas voltaram sem alterações e o Coimbrões tentou agarrar o leme da partida, conseguindo até obrigar o FC Porto a recuar ligeiramente as linhas e juntar os setores, passando a jogar mais em transição e diretamente de uma fase mais atrasada para a mais ofensiva. O passar dos minutos, associado a uma escassez de intensidade compreensível por parte dos dragões, permitiu ao conjunto de Vila Nova de Gaia adquirir uma confiança que ainda não tinha demonstrado e procurar, aos poucos, penetrar no último terço adversário, algo que fazia normalmente por intermédio de Alex Tank.

Sérgio Conceição tirou Otávio para lançar Romário Baró, que não jogava há três semanas, e Pedro Alves trocou Pedro Tavares por Kléber, e a dupla que mais estragos causou este sábado no Estádio Dr. Jorge Sampio voltou a entrar em ação. Soares e Luis Díaz, que demonstram ter um entendimento acima da média e que na primeira parte já tinham trocado golos e assistências, fabricaram praticamente sozinhos o quarto golo do FC Porto, com uma arrancada do brasileiro na direita que terminou num passe para um remate em jeito do colombiano (68′). O treinador do FC Porto deu ainda minutos a Sérgio Oliveira e Aboubakar, que não jogavam desde agosto e desde a partida de má memória com o Krasnodar, e assistiu ao primeiro golo de Fábio Silva na equipa principal, com o jovem avançado a emendar uma defesa de Fábio Mesquita após um remate de Bruno Costa (81′) e a tornar-se o mais novo de sempre a marcar pelo FC Porto.

O FC Porto goleou de forma normal e natural o Coimbrões e segue em frente na Taça de Portugal com um bis de Luis Díaz, um golo importante de Soares, um empurrão de confiança a Mbemba e o feito histórico de Fábio Silva. Mais do que isso, o FC Porto encheu a barriga de boas memórias e apagou a derrota com o Feyenoord, partindo agora para um novo capítulo que começa já na quinta-feira no dragão com o Glasgow Rangers e continua no fim de semana com o recomeçar do Campeonato.

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