O fabricante italiano de motos Ducati prometeu uma moto eléctrica e revelou mesmo alguns protótipos que apontavam para modelos desportivos, que trocavam o motor a gasolina e o depósito de combustível por um motor eléctrico e baterias. Porém, pelo menos até agora, ainda se aguarda a primeira moto da marca sem motor de combustão.

Se o nascimento da primeira moto eléctrica está atrasado, muito provavelmente à espera de baterias mais pequenas, mais leves e com maior capacidade, a casa transalpina vai avançando com modelos com duas rodas, mas a pedal. Primeiro, no Salão de Motos de Milão (EICMA) de 2018, surgiu a MIG-RR, uma mountain bike topo de gama, com tudo o que há de melhor no mercado, das suspensões aos travões, com muito carbono, pouco peso e um motor e bateria fornecidos pela Shimano.

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Agora, quase 12 meses depois, a Ducati revela mais duas bicicletas, a MIG-S e a e-Scrambler, ambas mountain bikes, mas versões mais acessíveis do que a RR, de que apenas foram fabricadas 50 unidades. A S é uma versão standard deste tipo de bicicletas vocacionadas para todo-o-terreno, enquanto a segunda é uma proposta mais barata, mas ainda assim funcional e mais virada para o passeio, em qualquer tipo de piso.

Se lhe parece estranho que a Ducati tenha dificuldades em construir uma moto eléctrica, mas seja tão célere a produzir bicicletas a bateria, há um “pormenor” que explica tudo. As bicicletas são na realidade concebidas e fabricadas pela Thok E-Bikes, que também as vende com a sua própria marca. O papel da Ducati é, essencialmente, conceber a decoração, dar-lhe a marca Ducati e praticar um preço superior, compatível com a sua refinada e forte imagem de marca.

Porém, aproxima-se mais uma edição da EICMA, pelo que a esperança de ver finalmente a moto eléctrica desportiva aumentou de novo. A avaliar pelo que aconteceu nos automóveis, os fabricantes de acumuladores já conseguem hoje colocar no mesmo volume e peso o dobro da capacidade, pelo que as baterias estão cada vez mais próximas de ser utilizadas nas duas rodas, sem pedais. Resta saber o que a Ducati pensa de tudo isto.

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