O Tribunal de Coimbra determina esta terça-feira, às 16h, a sentença a dezoito arguidos suspeitos de pertencerem a um grupo que controlava o tráfico de crack na Baixa de Coimbra.

O grupo, tido como “altamente organizado”, com uma estrutura piramidal, dedicava-se, alegadamente, ao crack, e o Ministério Público acredita que os arguidos eram responsáveis “pela esmagadora maioria do tráfico” realizado na Baixa de Coimbra, refere a acusação a que a Agência Lusa teve acesso.

Segundo a acusação, o grupo terá tido atividade “pelo menos entre outubro de 2017 e novembro de 2018”, e terá conseguido estabelecer um monopólio da venda do estupefaciente na Baixa de Coimbra, estimando-se que a organização registasse um lucro superior a 75 mil euros por mês com o tráfico.

O grupo seria encabeçado por um indivíduo de 32 anos, de Coimbra, que “não tocava no estupefaciente”, organizando toda a atividade de longe, de forma a evitar “estar relacionado diretamente” com a droga, salientava o Ministério Público.

Cada membro da associação criminosa teria uma atividade definida, sendo que uns encarregavam-se de transportar o estupefaciente desde a fonte (no Bairro do Aleixo, no Porto) até Coimbra, outros pagavam, outros ocultavam a droga em casas de recuo, outros abasteciam os traficantes localizados na baixa de Coimbra e outros supervisionavam a distribuição e venda do produto, afirma a acusação.

O chefe do grupo, evitando estar relacionado diretamente com a atividade, “permitia que eventuais interceções e detenções de membros fossem tomadas por atos isolados, desde logo pelas quantidades apreendidas, mantendo-se assim intocado o grupo criminoso que liderava”, sustenta o Ministério Público.

Dos 18 arguidos, seis estão presos preventivamente.

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