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Os protestos pró-Palestina estão a ganhar força nas universidades dos Estados Unidos nos últimos dias e, no estabelecimento de Columbia, a reitora acabou por ser criticada por um painel de supervisão por reprimir os protestos. Para Nemat Minouche Shafik, os protestos são “contrários às normas e tradições” da escola.

Segundo a Reuters, a reitora chamou a polícia de Nova Iorque para desmontar um acampamento de tendas levantado por manifestantes contra a guerra entre Israel e o Hamas. O incidente terá acontecido a 18 de abril. No total, as autoridades detiveram mais de 100 pessoas e removeram as tendas. Porém, os manifestantes voltaram a instalar-se no local. Já esta sexta-feira, o Senado da Universidade de Columbia esteve reunido e aprovou uma resolução que diz que Shafik minou a liberdade académica e desrespeitou a privacidade e os direitos ao chamar a polícia para acabar com o protesto.

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Estas ações de protesto aconteceram também nas universidades de Boston, Texas e ao longo desta semana  foram registadas ocupações de campus na Califórnia, no Arizona e em Atlanta. Como medida de segurança, a Universidade do Sul da Califórnia cancelou a cerimónia de formatura que ia acontecer a 10 de maio. Para o secretário de Estado Antony Blinken, os protestos são normais em democracia, mas lamenta que não visem também o Hamas.

Blinken considera protestos pró-Gaza nos EUA parte da democracia, mas critica “silêncio” sobre Hamas

Na Universidade do Texas registou-se um episódio idêntico ao de Columbia. Jay Hartzell, responsável pela instituição de ensino, também foi repreendido pelo corpo docente esta sexta-feira. Na quarta-feira, o reitor contactou as autoridades, em alinhamento com a ação do governador republicano Greg Abbott, para desmobilizar um protesto pró-Palestina. Desta intervenção, resultou a detenção de dezenas de manifestantes, embora a acusação tenha caído.

Na quinta-feira, quase 200 membros do corpo docente da universidade assinaram uma carta onde afirmaram ter perdido a confiança em Hartzell. Os professores acusaram o reitor de “colocar desnecessariamente em perigo os estudantes, funcionários e professores porque a polícia varreu o local dos protestos. Em resposta, Hartell garantiu que a sua decisão se deveu à alegada “grave perturbação” dos organizadores do protesto.

Na capital, Washington, os protestos eclodiram esta sexta-feira, com cerca de 200 manifestantes a concentrarem-se na Universidade George Washington, perto da Casa Branca. Em resposta, a universidade disse que vai “prosseguir com ações disciplinares contra os estudantes envolvidos” nas manifestações “não autorizadas”.

Protestos pró-Palestina sobem de tom nas universidades norte-americanas. Polícia já deteve dezenas de manifestantes