Preso no Paraguai desde o dia 6 de março, o ex-futebolista brasileiro Ronaldinho Gaúcho vai mesmo sair e ficar em prisão domiciliária. A decisão foi tomada esta terça-feira pelo juiz paraguaio Gustavo Amarilla, que aceitou o pedido do advogado de Ronaldinho mediante o pagamento de uma fiança de 1,6 milhões de dólares, avança o jornal brasileiro Globo Esporte.

Tanto Ronaldinho como o irmão, Roberto de Assis, estavam presos há um mês acusados de entrar no Paraguai com passaportes falsificados. Desde aí, a defesa dos brasileiros já viu três recursos negados pela Justiça do Paraguai, sendo esta a quarta tentativa de os tirar da prisão naquele país.

No total foram 32 dias numa prisão de alta segurança do Paraguai, sendo que os atrasos nos recursos foram também motivados pelo surto da Covid-19 que entretanto se expandiu pelo mundo. De acordo com aquele jornal brasileiro, os dois irmãos vão agora viver num hotel na capital do Paraguai enquanto aguardam pelo desenrolar do processo.

A defesa ofereceu uma caução de 1,6 milhão de dólares, que já foram depositados no Banco Nacional de Fomento. O valor foi pago como garantia de que os dois brasileiros não deixarão o hotel, sendo que, em caso de fuga, o dinheiro será cobrado pela Justiça paraguaia. O hotel onde vão agora ficar é um hotel de 4 estrelas no centro histórico de Assunção, cuja direção já aceitou as condições impostas pelo juiz para receber os dois presos domiciliários.

A prisão preventiva decorreu enquanto a análise aos telemóveis dos dois não era concluída, tendo esse processo terminado agora. Em causa está a entrada dos dois no país com recurso a passaportes falsos. A ideia era o irmão de Ronaldinho, e seu agente em tempos, abrir uma empresa para fazer negócios no Paraguai com um amigo que está agora acusado de desviar pelo menos 10 milhões de dólares num esquema de fuga ao fisco e lavagem de dinheiro.

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