Próxima paragem: Arizona. Depois de semanas e semanas sem sair de Washington, o presidente norte-americano anunciou esta quarta-feira que vai voltar a viajar. E começa já na próxima semana com uma visita ao Arizona, escreve a CNN.
“Acho que vou ao Arizona na próxima semana e estamos ansiosos por isso. E espero que, em breve, vá a Ohio. Vamos começar a movimentar-nos”, disse.
Com um milhão de infetados pelo novo coronavírus, os Estados Unidos da América representam agora quase um terço do total de casos de infeções em todo o mundo. O país de Donald Trump tem já a lamentar mais de 59 mil vítimas mortais devido à Covid-19. Já morreram mais norte-americanos nesta pandemia do que na Guerra do Vietname, que registou um pouco mais de 58 mil baixas.
Qual é o ponto de situação no país?
Os mais recentes desenvolvimentos chegam da Flórida, que registava na terça-feira mais de 32 mil casos de infeção e 1.171 mortes. O estado vai começar a reabrir no próximo dia 4 de maio, segundo anunciou o governador Ron DeSaints, adiantou que ficam excluídos os condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach. “Vamos recuperar a Flórida de forma segura, inteligente, passo a passo”, disse.
Em Nova Iorque, vão começar a ser realizados testes de imunidade aos primeiros mil motoristas de transportes públicos. Esta quarta-feira, foram registadas mais 330 mortes em todo o estado — o que o governador Andrew Cuomo considerou serem “péssimas notícias” apesar de o aumento diário estar a baixar lentamente.
O estado de Connecticut registou um aumento de 455 novos casos do novo coronavírus na quarta-feira, fazendo subir para 26.767 o valor total do estado, revelou o governador Ned Lamont em conferência de imprensa.
Massachusetts registou 252 novas mortes por coronavírus esta quarta-feira e outras 1.963 infeções. Já morreram, neste estado, 3.405 pessoas por Covid-19.
Boston, onde foi implementado um toque de recolher obrigatório a 6 de abril, registou mais 8.613 infeções e mais 33 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas.
Dimensão da queda da economia dos EUA vai ser inédita
A economia dos EUA vai “provavelmente cair a um ritmo sem precedentes no segundo trimestre”, devido à pandemia do novo coronavírus, admitiu esta quarta-feira o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell. Em conferência de imprensa subsequente à reunião do comité de política monetária do banco central dos EUA, Powell declarou:
A dimensão e a duração do arrefecimento económico são extremamente incertas e vão depender, em grande parte, da rapidez com a qual o vírus venha a ser controlado”.
Na ocasião, Powell garantiu que a Fed está a esforçar-se para que a recuperação seja “tão robusta quanto possível”. Para tal, a Fed vai utilizar “de maneira agressiva” todos os instrumentos à sua disposição, porque a economia “vai precisar, sem dúvida, de mais apoio”.
No comunicado emitido depois do final da reunião, a Fed anunciou que vai manter as taxas de juro de curto prazo próximas de zero e continuar a comprar títulos de dívida pública e hipotecários, sem mencionar qualquer limite quantitativo ou temporal para estas aquisições.
