A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defende a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA (6%) nos serviços de alimentação e bebidas, “a exemplo da orientação que outros países da Europa procuram seguir”, segundo um comunicado de imprensa, divulgado esta sexta-feira. De acordo com a associação, a medida ajudaria o setor que “sofre o impacto mais violento“. O IVA da restauração está, atualmente, nos 13% (taxa intermédia), mas no caso de algumas bebidas é de 23%.

AHRESP propõe redução temporária do IVA para 6% na restauração

Pouco mais de metade de Espanha (51%) vai passar à fase 1 do desconfinamento, a partir da próxima segunda-feira, anunciou o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, numa conferência de imprensa. Cidades como Madrid e Barcelona, que estão entre as mais afetadas pelo vírus, vão ficar, para já, de fora desta etapa.

Na segunda-feira passada, Espanha tinha entrado na “fase zero” do desconfinamento. Depois de 48 dias em isolamento, os espanhóis foram autorizados a sair à rua, mas apenas para passeios curtos ou exercício físico. Alguns restaurantes também puderam abrir, embora não fosse possível consumir no local.

51% dos espanhóis passam à próxima fase do desconfinamento. Madrid e Barcelona ficam de fora

O pico de prevalência da infeção pelo o novo coronavírus terá sido atingido esta sexta-feira, os últimos três dias representaram uma “situação anómala”, Vila Nova de Foz Côa é o município do país com maior índice de risco e os portugueses quebram o confinamento principalmente ao fim de semana. Tudo isto são dados apresentados pelo Covid-19 Insights, um portal que analisa a situação epidemiológica portuguesa e internacional criado numa parceria entre a COTEC e a NOVA Information Management School (IMS) da Universidade Nova de Lisboa:

Saímos mais ao fim de semana, região Norte está mais em risco e somos o 73.º país em camas hospitalares. Os números de Portugal à lupa

O Brasil voltou a atingir um número recorde mortes: 751 vítimas em 24 horas. É o quarto dia consecutivo em que o número de mortos supera os 600. O total de óbitos por Covid-19 ascende assim a 9.897. Quanto a casos confirmados, são neste momento 145.328. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde do Brasil, citado pelos meios de comunicação do país.

Um menino de cinco anos morreu devido a uma doença associada ao novo coronavírus e dezenas de outras crianças estão severamente doentes na região de Nova Iorque, informou esta sexta-feira o governador deste estado norte-americano.

Andrew Cuomo não deu detalhes sobre a criança, dizendo apenas que morreu na quinta-feira, mas acrescentou, segundo a agência de notícias AP, que foram reportados 73 casos de crianças gravemente doentes, com sintomas parecidos com os da doença Kawasaki, uma rara condição inflamatória que afeta sobretudo crianças com menos de cinco anos:

Criança de 5 anos morre nos EUA por doença associada ao vírus

A maioria dos funcionários das plataformas digitais multinacionais Google e Facebook vai continuar em teletrabalho até final do ano, apesar dos escritórios poderem abrir no verão:

Google e Facebook adiam regresso aos escritórios para 2021

O funeral de um português de 51 anos na região da Dordonha, em França, levou à identificação de pelo menos seis novos casos de Covid-19 na região e à realização de mais de 100 testes, foi esta sexta-feira anunciado.

“Soube que aconteceu, mas não conheço bem a família. […] Sei que foram testadas mais ou menos 60 pessoas”, disse à Lusa João Carlos Sousa, presidente da associação portuguesa Lusitanos 24, com sede em Marsac sur L’Isle, na Dordonha.

O novo foco foi confirmado esta sexta-feira pela prefeitura da Dordonha e, segundo o jornal regional “SudOuest”, já foram testadas 103 pessoas, com pelo menos seis casos confirmados até agora. As autoridades sanitárias aguardam ainda os resultados de cerca de 60 testes.

Enterro na comunidade portuguesa gera novo foco do vírus em França

A pandemia do novo coronavírus já matou 271.780 pessoas e infetou quase quatro milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP às 19h TMG, baseado em dados oficiais.

Segundo os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, até às 19h TMG (20h de Lisboa) 3.896.790 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 195 países e territórios desde o início da epidemia.

A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.268.000 são agora considerados curados.

Desde a contagem feita às 19h TMG de quinta-feira, 4.862 novas mortes e 90.352 e novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são os Estados Unidos, com 1.257 novas mortes, o Reino Unido (626) e o Brasil (610).

Vírus já matou 271.780 pessoas e infetou quase quatro milhões no mundo

Vários britânicos acederam ao pedido da Rainha Isabel II e saíram à rua para cantar We’ll Meet Again, o hino da II Guerra Mundial que adquiriu novo significado em tempos de pandemia.

Quando Vera Lynn cantava “We’ll Meet Again”, amparava os britânicos. 75 anos depois da guerra, voltou por causa da Covid

Nas redes sociais multiplicam-se os exemplos em vários bairros, com as pessoas à porta a cantar, junto dos seus vizinhos:

Residents of New Road in Llanelli gather outside the Ashley Court nursing home to sing We’ll Meet Again.
No rehearsal.
Straight in.
Musical director Alex Esney of @corllanelli @cor_curiad fame! pic.twitter.com/XGxzstxN26

— Robert Lloyd (@rlloydpr) May 8, 2020

@school_ws @Class2h 9pm Sing along with the queen. 'We'll meet again. You can hear us singing in the background. pic.twitter.com/Yr3jRuF33T

— Angela, Amber and Lizzy (@AngelaSchool20) May 8, 2020

Há também que opte por tocar a canção ou então optar por partilhá-la com a família, através de vídeochamada:

We'll meet again pic.twitter.com/ipAUwYNUOV

— Christopher Coward (@ChrisMCoward) May 8, 2020

We finished grandparent Friday Night Disco with ‘We’ll Meet Again’ and it was rather emotional pic.twitter.com/rJDQIU7abO

— Tali Fraser (@TaliFraser) May 8, 2020

Em alguns locais, o momento deu origem a pequenos ajuntamentos, o que já levou inclusivamente a algumas críticas nas redes, pela falta de distanciamento social:

Another massive spike in about two weeks then yeah ???????????????????? pic.twitter.com/YZW7BuSXiW

— Nina Sawetz (@nina_future) May 8, 2020

Os mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika ou febre amarela podem estar disseminados no sul da Europa dentro de uma década, indica um estudo universitário:

Alterações climáticas podem trazer dengue, zika ou febre amarela ao sul da Europa dentro de uma década

Um relatório interno do Exército espanhol prevê que Espanha venha a ser assolada por mais duas vagas da Covid-19. Já o regresso à normalidade é esperado dentro de um ano a ano e meio:

Exército espanhol prevê mais duas vagas do novo coronavírus no país

Donald Trump confirmou, entretanto, a notícia que já tinha sido avançada por alguns meios de comunicação norte-americanos de que uma pessoa da equipa do vice-presidente Mike Pence está infetada com a Covid-19. Trata-se da porta-voz de Pence, Katie Miller, que recebeu o resultado do teste esta sexta-feira e se encontra assintomática.

“É uma jovem maravilhosa, a Katie, teve testes negativos durante um longo período de tempo e, de repente, hoje testou positivo. Não esteve em contacto comigo, mas tem passado algum tempo com o vice-presidente”, disse Donald Trump.

Todas as pessoas que trabalham na Casa Branca estão a ser testadas diariamente por ordem de Donald Trump, depois de um assistente pessoal do Presidente também ter testado positivo. Neste momento, tanto o Presidente como o vice-presidente dos EUA poderão ter estado diretamente expostos ao vírus — embora esse assunto tenha sido hoje desviado durante uma conferência de imprensa em que um jornalista fez uma pergunta sobre a possibilidade.

Saíram esta sexta-feira 58 requerentes de asilo da Base Aérea da Ota onde se encontravam em quarentena devido à pandemia de Covid-19, depois de terem testado negativo à doença:

Grupo de 58 requerentes de asilo deixa Ota após testes negativos

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que acredita que o vírus vai desaparecer “sozinho”, sem que seja precisa uma vacina. Trump falou esta tarde num encontro com membros republicanos do Congresso e foi questionado sobre este assunto pelos jornalistas. “Pessoalmente, devo dizer, acho que estamos a andar muito bem com as vacinas”, garantiu Trump. Porém, logo de seguida desvalorizou a necessidade de encontrar uma vacina.

“Penso sobre as vacinas o mesmo que penso sobre os testes. Isto vai desaparecer sem uma vacina. Vai desaparecer e não o vamos ver mais, expectavelmente, depois um período de tempo. Podemos ter algumas recaídas, acredito que aconteça, possivelmente no outono, talvez. Ou talvez não. Mas, de acordo com o que muita gente está a dizer, provavelmente vamos ter. Mas vamos lidar com eles. Podemos ter algumas recaídas no próximo ano, mas a dada altura vai desaparecer”, disse Trump.

“Há alguns vírus e gripes que apareceram, nunca se encontrou uma vacina, e eles desapareceram, nunca mais apareceram. Eles também morrem, como tudo o resto. Eles também morrem”, continuou.

Questionado sobre que provas científicas tinha para fazer aquela afirmação, Trump respondeu que se tem baseado “no que os médicos dizem”. “Não digo que seja este ano, mas a dada altura vai desaparecer. Em algum momento vai desaparecer sozinho. Se tivermos uma vacina, vai ser uma grande ajuda”, disse o Presidente norte-americano.

No discurso de apenas cinco minutos, a Rainha aproveitou ainda para recordar os que pereceram na II Guerra.

“O conflito no extremo oriental só acabaria em agosto e aí a Guerra finalmente acabou. Muitos morreram para que pudéssemos viver em paz, no nosso país e noutros”, lembrou, destacando que a melhor “homenagem” a fazer-lhes é manter a paz que foi conquistada. “Eles arriscaram tudo para que as nossas famílias e vizinhos pudessem estar seguros. Devemos e iremos recordá-los.”

Mas Isabel II também não quis deixar de olhar para o presente e deixar uma mensagem de conforto para os tempos atuais, em que o Reino Unido ainda vive em confinamento por causa da pandemia de Covid-19: “Hoje pode parecer duro o facto de não podermos assinalar esta data como desejaríamos”, disse. “Mas as nossas ruas não estão vazias, estão cheias do amor e do carinho que temos uns pelos outros.”

Isabel II, que apelou a que os britânicos se juntem à janela para cantar a canção popularizada durante a II Guerra We’ll Meet Again, disse ainda que o Reino Unido continua a ser “uma nação que aqueles corajosos soldados, marinheiros e pilotos reconheceriam e admirariam”.

Pode assistir ao discurso na íntegra aqui.

"Never give up, never despair – that was the message of VE Day"

An address by Her Majesty The Queen on the 75th anniversary of VE Day #VEDay75 pic.twitter.com/prgBXCdRHF

— The Royal Family (@RoyalFamily) May 8, 2020

A Rainha Isabel II acabou de fazer o seu discurso para assinalar os 75 anos do Dia da Vitória, dia em que se assinala a rendição da Alemanha Nazi na II Guerra Mundial. E a monarca quis precisamente recordar esse dia “de celebração”, mas também a memória dos que foram mortos no conflito.

“Falo-vos hoje à mesma hora que o meu pai falou, há 75 anos”, começou por dizer Isabel II, sentada à secretária, com uma fotografia do pai, o Rei Jorge VI, do seu lado direito.

“Nunca desistir, nunca desesperar. Essa foi a mensagem do Dia da Vitória”, assinalou a Rainha, que recordou os eventos do dia: “Lembro-me das cenas de júbilo a que eu e a minha irmã assistimos da varanda, com os nossos pais e Winston Churchill”.

Isabel II à esquerda, na varanda com a mãe, o primeiro-ministro Winston Churchill, o Rei e a sua irmã

A GNR e a PSP estarão nos próximos dias “em diversos pontos do país” com o objetivo de “esclarecer, informar pedagogicamente e dissuadir os eventuais peregrinos que insistam em fazer-se à estrada e peregrinar até Fátima”, de acordo com um comunicado enviado pela Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já tinha afirmado esta sexta-feira que as forças de segurança estariam “atentas” à realização das celebrações do 13 de maio em Fátima, que este ano vão ser feitas de forma simbólica e sem a habitual presença das centenas de milhares de peregrinos que ali se dirigem todos os anos.

Do cancelamento à polémica com a ministra da Saúde. Como a Igreja planeou o 13 de maio sem peregrinos

“A Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém reforça o pedido à população para que não peregrine até Fátima. Este ano não se desloque até Fátima, nos dias 12 e 13 de maio”, diz o comunicado. “Este ano não serão instalados os dispositivos habituais de apoio aos peregrinos de Fátima, nos pontos dos percursos que tradicionalmente são seguidos.”

“Apesar do levantamento do Estado de Emergência, o Governo declarou a situação de Calamidade Pública. O momento de desconfinamento gradual que vivemos não diminuiu o risco de contágio nem o dever de adoção de comportamentos de segurança por parte dos cidadãos. Sair de casa e percorrer vários quilómetros, a pé ou de carro, é um comportamento de risco”, acrescenta a Proteção Civil.

A Around Me é uma plataforma criada pela ForTrevo, em parceria com a CML e a AHRESP. No site, é possível ver que negócios locais já abriram na zona de Lisboa.

Na Around Me é possível ver que negócios abriram em Lisboa