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Meio ano depois, o Vitória mostrou a sua Juba(l), ganhou, garantiu permanência e deixou Setúbal em festa

Este artigo tem mais de 3 anos

V. Setúbal não ganhava desde 26 de janeiro, não tinha um triunfo em casa desde 14 de dezembro mas deixou cidade em festa com um triunfo frente ao Belenenses SAD que garantiu permanência (2-0).

Jubal inaugurou o marcador na primeira parte, Pirri fez o golo do triunfo nos descontos e sadinos fizeram festa da permanência
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Jubal inaugurou o marcador na primeira parte, Pirri fez o golo do triunfo nos descontos e sadinos fizeram festa da permanência

Getty Images

Jubal inaugurou o marcador na primeira parte, Pirri fez o golo do triunfo nos descontos e sadinos fizeram festa da permanência

Getty Images

Depois de seis derrotas consecutivas, o V. Setúbal chegava a Alvalade para disputar a sua primeira final na luta pela permanência sem grande margem de manobra. Após os 90 minutos, o nulo deu um ponto e a grande “vitória” que a equipa pretendia: beneficiando da derrota do Portimonense em P. Ferreira, entrava na última ronda a depender só de si. Mas a forma como esse 0-0 foi obtido provocou muitas opiniões que se iam dividindo: por um lado, houve quem criticasse e muito a postura dos sadinos por se alhearem do jogo ofensivo e colocarem um “autocarro” em frente à baliza; por outro, houve quem considerasse que cada um joga com as armas que tem e que a mais não é obrigado. Comentários à parte, esse primeiro objetivo tinha sido alcançado numa segunda volta péssima.

Depois de ter dobrado o Campeonato com duas vitórias frente a Belenenses SAD e Tondela, o V. Setúbal entrou numa espiral de maus resultados. Pior do que isso, não mais voltou a ganhar entre seis empates e nove derrotas. Nem mesmo a troca de treinador, com Lito Vidigal a entrar para o lugar de Júlio Velázquez a quatro jornadas do final, conseguiu inverter o rumo de queda livre de uma equipa que fez uma primeira metade de temporada muito interessante. A mudança técnica quis fazer regressar ao Bonfim uma figura que dois anos antes entrara pela porta grande dizendo que tinha uma ligação especial ao clube construída a partir das palavras de três antigos treinadores (Carlos Cardoso, o primeiro treinador sénior, Quinito e Mourinho Félix) e saíra por uma porta que ainda hoje não se percebeu se foi igualmente grande, pequena ou dos fundos. Uma figura capaz de puxar pelo sentimento da família vitoriana. Uma figura pragmática. E, no final, foi isso que aconteceu em Alvalade. O futebol é para ser jogado da melhor forma mas, quando chegamos à fase das decisões, só os resultados contam. E basta pensar que os quatro milhões por época dos direitos televisivos na Primeira Liga são cerca de 70% do orçamento…

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“Não tenho muito que falar sobre outros jogos. Tenho pedido aos jogadores que estejam unicamente focados naquilo que conseguem controlar. Sinto o grupo forte e unido com uma energia muito positiva e a responsabilidade de fazer as coisas bem. Vejo a equipa acreditar que só uma vitória nos faz atingir o nosso objetivo. Temos de estar fortes para a luta. Era importante irmos para a última jornada a dependermos só de nós. Com muito trabalho, dedicação, esforço e união é-nos possível decidir o nosso futuro”, salientou Lito Vidigal na antevisão daquele que é também à sua maneira um clássico do futebol português frente a um Belenenses SAD já a salvo.

“Tenho passado a mensagem de que é importante respeitar sempre os adversários mas, acima de tudo, devemos pensar em nós. A história recente diz-nos que o Vitória tem estado nos últimos anos a decidir o Campeonato nas últimas jornadas. Esta época não fugiu à regra. Não queríamos estar a passar por este sofrimento mas, com quatro jogos para fazer numa fase destas, é difícil”, referiu ainda, antes de agradecer o apoio previsto para este domingo em Setúbal: “Saber que os adeptos vão estar nas redondezas do estádio a aplaudir a chegada sensibilizou-nos e é muito importante. Precisamos muito dos vitorianos e da cidade. É importante os jogadores sentirem o carinho que os adeptos têm por eles. Dá-nos força e motivação para lutarmos esta última batalha com otimismo”.

Ficha de jogo

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V. Setúbal-Belenenses SAD, 2-0

34.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Bonfim, em Setúbal

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)

V. Setúbal: Makaridze; Sílvio, Artur Jorge, Jubal, Alex (João Meira, 83′); José Semedo, Leandrinho, Éber Bessa (Pirri, 65′), Carlinhos; Zequinha e Hachadi (Berto, 76′)

Suplentes não utilizados: João Valido, Mano, André Sousa, Nuno Valente, Mathiola e Mansilla

Treinador: Lito Vidigal

Belenenses SAD: Koffi; Nuno Coelho (André Santos, 54′), Ricardo Ferreira (Edi Semedo, 76′), Danny Henriques (Agrelos, 54′); Tiago Esgaio (Keita, 65′), Show, Phete, Rúben Lima; Licá (Silvestre Varela, 54′), Marco Matias e Cassierra

Suplentes não utilizados: André Moreira, Calila, Pina e Robinho

Treinador: Petit

Golos: Jubal (30′) e Pirri (90+6′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Carlinhos (61′), Show (83′), Lito Vidigal (87′) e Berto (90+6′)

O apoio foi muito, talvez mais até do que se esperava quando o autocarro da equipa chegou ao Bonfim, e houve até uma avioneta a sobrevoar o estádio enviada pela claque VIII Exército para mais uma força suplementar para o jogo que iria marcar a temporada. E o início (atrasado, por ter de arrancar à mesma hora do Portimonense-Desp. Aves e do Moreirense-Tondela) teve essa vontade expressa pelas unidades mais ofensivas dos visitados, com Zequinha a arriscar a meia distância que passou perto da trave de Hervé Koffi (4′) e Carlinhos a tentar também de fora da área numa tentativa que passou ainda mais a rasar o poste dos azuis (12′). Nem sempre o V. Setúbal jogava bem, muitas vezes até parecia não jogar melhor por querer jogar bem, mas tinha mais remates na partida frente a um Belenenses SAD que incomodou Makaridze apenas uma vez num tiro de Show mas que beneficiava da situação resolvida na tabela classificativa para jogar com outra tranquilidade e qualidade em termos coletivos.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do V. Setúbal-Belenenses SAD em vídeo]

Era preciso um golo para desbloquear o jogo e chegou em versão dupla (embora só um tenho contado) antes do intervalo com mais uma grande oportunidade não convertida pelo meio: Jubal inaugurou o marcador na sequência de um canto marcado na esquerda do ataque por Éber Bessa, saltando sozinho no coração da área para desviar a bola de Koffi que ainda ameaçou a saída entre os postes e ficou depois a meio caminho (30′); Nuno Coelho ficou muito perto do empate na sequência de um livre lateral que terminou com uma enorme defesa de Makaridze (34′); e Éber Bessa aumentou para 2-0, numa jogada que começou com um lançamento mais direto para Carlinhos rematar forte na segunda bola, nova defesa de Koffi também na recarga de Hachadi e o pontapé definitivo do brasileiro que foi invalidado por posição irregular do marroquino… por cinco centímetros (35′).

No segundo tempo, os sadinos não tiveram capacidade para alargar o ataque à área contrária, continuaram a ir pela meia distância para chegarem à baliza de Koffi mas começaram a fechar a loja demasiado cedo em relação ao 1-0, o que ficou ainda mais expresso com a troca de Éber Bessa, o melhor da equipa (mais uma vez) por Pirri. Lito Vidigal colocou uma mudança abaixo com 25 minutos ainda por disputar e quase convidou o Beleneses SAD a chegar a outro resultado, até perante a melhoria com as entradas de André Santos, Silvestre Varela e Agrelos.

Sem capacidade de chegar ao último terço contrária e com as possibilidades de controlar o jogo com bola cada vez mais reduzidas perante o crescendo dos azuis, o V. Setúbal colocou-se num beco sem saída onde era segurar o 1-0 ou segurar o 1-0, até pelas notícias que davam conta da vantagem do Portimonense frente ao Desp. Aves. Ou seja, bastava um golo do Belenenses SAD para os sadinos descerem de divisão e Makaridze teve mais uma grande intervenção num lance com Keita na área, sendo que qualquer bola parada era também um potencial lance de perigo para a baliza dos visitados. O jogo partiu, a entrada de Berto permitiu que a equipa conseguisse esticar um pouco mais o jogo para a baliza de Koffi, os minutos foram passando e Pirri, que facilitara no primeiro lance após entrar, ainda foi lá à frente fazer o segundo golo após assistência de Carlinhos, garantindo de vez ao V. Setúbal a festa (que já se começava a ouvir no exterior do recinto através da transmissão televisiva) com aquela que foi a primeira vitória no Bonfim em 2020 – a última tinha sido a 14 de dezembro.

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