Meghan Markle sofreu um aborto em julho deste ano. Num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no The New York Times, a duquesa de Sussex revela o que aconteceu no verão de 2020: “Eu sabia, enquanto agarrava o meu primeiro filho, que estava a perder o meu segundo filho.”

“Era uma manhã de julho que começou como qualquer outro dia: fazer o pequeno-almoço, dar comida aos cães, tomar as vitaminas, encontrar aquela meia perdida”, começa por contar. Foi no momento de trocar a fralda ao pequeno Archie, que nasceu a 6 de maio de 2019, que Meghan sentiu uma cãibra. Caiu no chão com Archie nos braços e começou a cantarolar uma música de embalar para que os dois permanecessem calmos. “A melodia alegre contrastava fortemente com a minha sensação de que algo não estava certo.”

Horas mais tarde, continua, Meghan está numa cama de hospital “a segurar as mãos do marido”. A duquesa descreve ainda como viu Harry a sofrer. No artigo, refere como perder um filho significa “carregar uma dor quase insuportável”, como isso acontece a muitas pessoas e como o tema continua a ser tabu.

Na dor da nossa perda, eu e o meu marido descobrimos um quarto com 100 mulheres, em que 10 a 20 tinham sofrido um aborto espontâneo. No entanto, apesar da impressionante semelhança dessa dor, a conversa continua tabu, cheia de vergonha (injustificada) , perpetuando um ciclo de luto solitário.

Meghan Markle e a dureza de ser mãe debaixo de críticas constantes: “Não, não está tudo bem”

O artigo em questão, intitulado “As perdas que partilhamos”, centra-se em torno da importância em perguntarmos aos outros com estão. Meghan faz até uma referência direta à pergunta que um jornalista lhe fez no decorrer da viagem oficial a África, em 2019. Na altura, a duquesa de Sussex não conseguiu evitar as lágrimas depois de o jornalista lhe perguntar se estava bem: “Obrigada por perguntar, poucos me perguntaram isso.”

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