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Novo líder da JS nega "tiques estalinistas". "Não quero reescrever a história"

Este artigo tem mais de 3 anos

Sérgio Sousa Pinto, deputado e antigo secretário-geral da JS, tinha acusado Miguel Costa Matos de ter omitido de forma deliberada figuras históricas da 'jota'. Novo líder recusa crítica.

"Não quero reescrever a história e tenho orgulho em todos os anteriores secretários-gerais da JS"
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"Não quero reescrever a história e tenho orgulho em todos os anteriores secretários-gerais da JS"

"Não quero reescrever a história e tenho orgulho em todos os anteriores secretários-gerais da JS"

O novo líder da JS, Miguel Matos, recusa estar a reescrever a história desta organização de juventude e considerou “injustas” as críticas que lhe foram feitas pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto.

“Essas críticas são injustas, porque várias vezes já destaquei e elogiei o papel de Sérgio Sousa Pinto no ativismo social na luta pela igualdade, designadamente pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. No meu discurso, era difícil referir-me a todos os anteriores 13 líderes da JS, mas todos foram importantes”, afirmou Miguel Costa Matos, à agência Lusa.

Este domingo, em declarações ao Observador que depois repetiu à agência Lusa, Sérgio Sousa Pinto, que liderou a Juventude Socialista, na década de 1990, acusou o novo líder da JS de revelar “tiques estalinistas” e de querer “retocar a história”, apagando “certas figuras” que tiveram responsabilidades de direção naquela estrutura partidária. “Teve um comportamento semelhante ao de Estaline“, lamentou

Sérgio Sousa Pinto acusa novo líder da JS de ter “tiques estalinistas”

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No discurso de encerramento do congresso do partido, que o confirmou como novo líder da JS, Miguel Costa Matos lembrou o “legado histórico” deixado pelos seus antecessores, desde Alberto Arons de Carvalho, o primeiro secretário-geral da JS, a Maria Begonha, que deixou este domingo o cargo, passando por outros “líderes marcantes” como “Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro, João Torres ou Margarida Marques”.

De fora do discurso de Costa Matos ficara  ficaram nomes como António José Seguro, o único secretário-geral da JS que chegou a líder do partido, Jamila Madeira, que derrotou na altura Ana Catarina Mendes, atual líder parlamentar do PS, e Sérgio Sousa Pinto, uma das figuras mais relevantes da história da JS pelo papel que desempenhou no combate pela despenalização do aborto — guerra que comprou contra António Guterres e que perdeu depois de o então líder do PS ter acordado com Marcelo Rebelo de Sousa a realização de um referendo.

Na resposta a estas acusações, Miguel Costa Matos defendeu que se está perante “um mal-entendido” que pretende resolver “rapidamente” e observou que esta questão poderia ter ficado esclarecida “como camaradas no Grupo Parlamentar do PS e não na praça pública”.

“Não quero reescrever a história e tenho orgulho em todos os anteriores secretários-gerais da JS. Todos foram importantes para afirmar as nossas causas. Agora, na minha intervenção, apenas referi alguns e penso que é injusto exigir-se que 13 anteriores secretários-gerais sejam todos citados num discurso”, reagiu o novo líder da JS.

A defesa de Pedro Delgado Alves e Porfírio Silva

Entretanto, nas redes sociais, sucedem-se as críticas mas também as declarações de apoio a Costa Matos. No Facebook, Pedro Delgado Alves, deputado do PS e ele próprio um antigo líder da JS, manifestou total solidariedade para com o novo secretário-geral da ‘jota’.

“Teremos talvez um problema de falta de noção de quem acusa. Nada que um pedido de desculpas por um momento infeliz ou irrefletido não corrija”, escreve, referindo-se, naturalmente, a Sérgio Sousa Pinto.

Também Porfírio Silva, dirigente e deputado socialista, se lançou a Sérgio Sousa Pinto. “É muito triste que um deputado do PS tenha tão pouca noção do que significou o estalinismo a ponto de usar o epíteto contra o novo secretário-geral da JS, simplesmente porque este citou alguns antigos líderes da organização e não citou vários outros”, começou por escrever o socialista.

Mais à frente, Porfírio Silva falaria mesmo em “insulto, “pequenez” e gente que vive exclusivamente de “glórias passadas”.

“Não me interessa nada que algumas pessoas vivam o resto da vida das suas glórias passadas. Preocupa-me, condeno, mas nada mais posso contra pessoas que vivem de gritar contra este hoje e amanhã contra aquele, demasiadas vezes em tom de insulto. Contudo, revolta-me a pequenez face a processos históricos com os quais não deveríamos brincar”, remata.

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