Sem baterias mais baratas nunca haverá um automóvel eléctrico acessível, pois são elas a peça mais dispendiosa de qualquer veículo que recorra a esta tecnologia. Daí que se acompanhe com tanto empenho a evolução do custo por kWh das baterias recarregáveis de iões de lítio, a solução mais eficiente que actualmente existe no mercado.

De acordo com a Bloomberg, em 2020 a indústria dos acumuladores de energia atingiu o valor de 102 dólares/kWh ao nível das células e 137$ (cerca de 111€) em termos do pack completo, que inclui a estrutura, as ligações e o sistema de refrigeração. Apesar da evolução conseguida pela indústria das baterias, os fabricantes de automóveis continuam a afirmar que os acumuladores têm de baixar da fasquia dos 100$/kWh para que os eléctricos consigam a paridade de custos com os veículos com motores de combustão interna.

A Bloomberg, que acompanha os custos por kWh dos acumuladores de iões de lítio desde 2013, permite ter uma ideia concreta sobre a evolução verificada, revelando uma tendência para baixar à medida que a produção de baterias aumenta. Antecipam-se reduções ainda maiores quando novas soluções químicas ou tecnológicas surgirem, como se espera que aconteça com as baterias sólidas.

Em 2013, o preço do kWh era de 668$, cerca de 545€, valor que caiu 42,5% em apenas dois anos, cifrando-se em 384$/kWh em 2015. Nos dois anos seguintes, ou seja, em 2017, o custo do kWh cairia mais 42,5%, fixando-se agora em 221$, para três anos mais tarde, isto é, até 2020, a redução do preço do kWh ter desacelerado, mas ainda assim baixado 38%, atingindo os actuais 137$.

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