É um acordo histórico. Google e a associação que representa os media franceses, a APIG (Alliance de la Presse d’Information Générale), concordaram sobre a forma de compensar os editores franceses pela distribuição de seu conteúdo noticioso nas plataformas da empresa de tecnologia, depois de vários meses de negociações.

A compensação, segundo escreve a CNN, será baseada em critérios como “a contribuição do editor para informações políticas e gerais, o volume diário de publicações e o seu tráfego mensal na internet”, não tendo sido divulgados pormenores sobre os valores a ser pagos. O acordo poderá agora ser reproduzido noutros países da Europa.

França diz que Google tem de pagar por conteúdos de jornais

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O passo seguinte é a negociação individual com cada um dos editores franceses, havendo já contratos assinados com, por exemplo, os jornais Le Monde e Le Figaro.

Pierre Louette, presidente da APIG, escreveu na sua conta de Twitter estar “orgulhoso do acordo”, já que é “uma estreia mundial e está a acontecer em França”.

A discussão litigiosa já não é nova. Em França, e noutros países europeus, as empresas de comunicação social querem que a Google pague para divulgar e mostrar conteúdos noticiosos nas suas plataformas, como o Google News ou o motor de pesquisa da empresa. Em abril passado, a Autoridade para a Concorrência francesa (Autorité de la Concurrence, em francês) ordenou que o gigante tecnológico norte-americano negociasse “de boa fé” com estas empresas de notícias.

Segundo a medida imposta à Google, a empresa tinha três meses para negociar com os publishers um acordo que envolva uma remuneração para estas empresas. Por detrás desta imposição está a Diretiva sobre Direitos de Autor no Mercado Único Digital, aprovada em março de 2019, que definiu princípios para empresas como a Google, o Facebook ou o Twitter utilizarem excertos de notícias nas suas plataformas.