Alfredo Casimiro, presidente executivo da Groundforce, acusa a TAP de ter feito “chantagem” para justificar o anúncio de que foram anulados os contratos de venda e aluguer de equipamento da empresa de handling à TAP.

“A TAP teve uma posição de grande pressão e de chantagem sobre nós numa altura em que já nos tínhamos comprometido pagar os salários aos trabalhadores porque tínhamos dado por fechado uma versão do contrato que estava negociada e aceite e que não se veio a concretizar”, afirmou em declarações à Rádio Observador.

O acionista maioritário da Groundforce admite que “a situação é complexa”, mas com a retoma dos voos diz já estar em “condições de pagar os salários no mês de maio”. “Acreditamos que até ao final do verão vamos conseguir repor contas que temos em atraso a fornecedores”, referiu ainda Alfredo Casimiro.

Oiça aqui as declarações de Alfredo Casimiro, acionista maioritário da PASOGAL, detentora da maioria da Groundforce.

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Groundforce. “TAP teve uma posição de grande pressão e chantagem”

Esta quarta-feira, o conselho de administração da Groundforce, liderado por Alfredo Casimiro, anulou os contratos de venda e aluguer de equipamento da empresa de handling à TAP. Em comunicado, o acionista maioritário da empresa justifica esta decisão com a opinião do conselho fiscal, dos auditores da Deloitte e de alguns juristas, que concluíram “serem nulos os contratos de sale & leaseback e arrendamento, celebrados em 19 de março de 2021 entre a Groundforce e a TAP.”

Em comunicado, o acionista maioritário da empresa justifica esta decisão com a opinião do conselho fiscal, dos auditores da Deloitte e de alguns juristas, que concluíram “serem nulos os contratos de sale & leaseback e arrendamento, celebrados em 19 de março de 2021 entre a Groundforce e a TAP.”

Através desta operação, a TAP pagou 6,9 milhões de euros pelos equipamentos da empresa de forma a assegurar a liquidez necessária para regularizar os salários dos 2.400 trabalhadores da Groundforce que estavam em atraso no mês de março. Agora o acionista maioritário, diz em comunicado que esses “contratos eram desequilibrados e punham em causa a sobrevivência da Groundforce e o empregos dos seus 2400 trabalhadores. Por essa razão, foram anulados”.