O Centro de Vacinação da Guarda, instalado no Pavilhão Municipal de São Miguel, encontra-se esta terça-feira a fazer o atendimento de utentes sem filas de espera, num dia em que os profissionais de saúde preveem vacinar “mais de mil pessoas“.

Esta terça-feira, segundo dados recolhidos no local pela agência Lusa, estão agendados pelo portal central, pela Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e pela Unidade de Saúde Familiar (USF) pertencentes às Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, um total de 793 utentes para vacinação.

Para além destes, estamos a atender os que aparecem sem marcação. Os mais de 45 anos e os que necessitavam da segunda dose da Vaxzevria (ex-Astrazeneca), que ouviram dizer que se podiam dirigir aos Centros de Vacinação. Para hoje, a nossa previsão de atendimento é de mais de mil pessoas”, disse a enfermeira-chefe da UCSP da Guarda Cândida Mocho.

Segundo a responsável estão quatro postos de vacinação a funcionar (para 1.ª dose da Moderna e segundas doses das Vaxzevria e Pfizer), é aquele em que o espaço atende mais utentes, pois a lotação normal “anda à volta dos 600, mas nunca atingiu esta dimensão”. Para o serviço “dar conta do recado” e evitar formação de filas de espera, foi necessário aumentar os recursos humanos.

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“Na parte médica costumavam ser dois profissionais e passarem a três. Ao nível dos enfermeiros, têm sido cinco e aumentámos para oito. Em relação aos administrativos da UCSP e da USF costumavam estar dois e aumentámos para quatro”, indicou Costa Gomes, assistente técnico na UCSP da Guarda. Para além dos recursos das unidades da ULS, o CV também funciona com um segurança e cinco funcionários da Câmara Municipal.

Para evitar filas de espera e acumulação de pessoas, os serviços também agilizaram os procedimentos e “muitos profissionais estão a fazer 12 horas de trabalho seguidas”. “O dia começou a ser preparado pelas 07:00. Abrimos mais cedo, abrimos às 08:45 e vamos estar até às 20:00, que é a previsão de fecho. Felizmente, está tudo a correr bem. Tivemos, na abertura, uma acumulação de vinte pessoas, mas depois diluiu tudo muito rápido”, relatou Costa Gomes.

A enfermeira-chefe Cândida Mocho referiu que os circuitos funcionam bem e “as pessoas ficaram surpreendidas pela fluidez”, apontando que pelas 10:30 “não havia gente à porta” para entrar. O trabalho que está a ser executado no CV da Guarda “tem sido com muito esforço e com a colaboração de todos os profissionais e toda a gente está a dar o seu melhor”, sublinha Costa Gomes.

“Nós temos este trabalho e também temos as unidades a funcionar. Tem sido um trabalho hercúleo por parte dos profissionais que dizem que só querem ver a população vacinada. Por isso, é que todos estão a dar o seu melhor”, rematou.

Segundo Cândida Mocho, hoje “não há intervalo nem para almoço (entre as 13:00 e as 13:30)”, os profissionais do CV “não param e agendaram utentes” para esse período.

Os utentes que durante a manhã estiveram no CV da Guarda mostraram-se satisfeitos com o seu funcionamento. “Foi rápido, não estive à espera. Marquei pelo portal da vacinação e fiquei agradado com o processo”, disse Júlio Paulino, de 58 anos.

Maria Pereira, de 72 anos, que levou a segunda dose da vacina, referiu à Lusa que “lhe telefonaram para ser vacinada” e chegou ao CV pelas 09:45: “Correu tudo bem. Está tudo muito bem organizado”, relatou à saída.

Já Lisete Agostinho, de 44 anos, que foi inoculada com a primeira dose, marcou a vacinação pela internet e também ficou “satisfeita com o atendimento” e com a rapidez. “Não custou nada. Correu tudo muito bem, foram todos muito atenciosos. Fiquei surpreendida pela positiva”, disse, por sua vez, Elsa Santos, de 46 anos, que tinha marcação para as 10:45 e entrou no complexo “antes da hora”.

Fonte da ULS referiu à Lusa que até ao dia 4 de julho foram administradas na sua área de intervenção 157.829 doses de vacinas, sendo 31.381 no concelho da Guarda.