Mais policiamento de proximidade e patrulhamento apeado, um plano global de ação social e um plano ambiental que integre “todos” são alguns dos objetivos do candidato do Partido Popular Monárquico (PPM) para a cidade do Porto, foi este sábado revelado.

“Apesar de sermos um partido pequeno, temos a solução mais rigorosa e mais séria para o Porto, cuja gestão tem sido calamitosa para os portuenses”, afirmou Diogo Araújo Dantas.

Na sua apresentação à Câmara do Porto, Diogo Araújo Dantas afirmou que o programa do PPM, intitulado ‘Porto de Honra’, segue duas linhas orientadoras: “a urgência social e a economia para o desenvolvimento”.

“Os problemas básicos das pessoas têm de ser a todo o custo solucionados. A ação social tem sido vítima de desleixo da atual governação camarária”, criticou, acrescentando existirem “atrasos crónicos no Porto” como o trânsito, o ambiente, o comércio local e a cultura, área que tem sido gerida “em ‘part-time'”.

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Em matéria de segurança, o PPM propõe a implementação de sistemas de videovigilância na cidade, bem como policiamento de proximidade e patrulhamento apeado.

“Há um sentimento de insegurança geral que as pessoas começam a sentir cada vez mais”, defendeu.

Para a ação social, Diogo Araújo Dantas defendeu a criação de um “plano global” que integre as associações e as suas valências, e “conjugue energias”.

“Só com um plano global se consegue acompanhar os indivíduos”, disse, defendendo a necessidade de se implementarem respostas na cidade para as pessoas em condição de sem-abrigo e para toxicodependentes.

“É preciso combater-se como se fosse uma guerra contra a pobreza sistémica, que vai haver cada vez mais”, disse.

Paralelamente, o candidato do PPM propõe também um “plano ambiental” na cidade que integre todas as entidades, considerando ser necessário “mais arborização” no Porto e solucionar alguns problemas como as gaivotas e os pombos.

“Precisamos de um gabinete de resposta rápida em termos de ambiente e que promova a aproximação dos cidadãos ao município”, sublinhou.

Promover o setor cultural, criar mais habitação e ajudar a economia local são também outros dos objetivos do programa do PPM para a cidade do Porto.

Na apresentação, em que estiram presentes cerca de uma dezena de militantes e simpatizantes do partido, Diogo Araújo Dantas criticou também a gestão do atual executivo, dizendo ser por uma questão de “urgência” que o PPM concorre ao Porto.

“O Dr. Rui Moreira [presidente da Câmara do Porto] é tudo menos independente. O PS e Rui Moreira estão de mãos dadas e na mesma linha, exemplo de que está tão solidário com o PS, é que a única junta do PS, Rui Moreira não vai concorrer, vai apoiar”, salientou.

Diogo Araújo Dantas criticou ainda o PS por estar a “fazer teatro” na cidade e por ter “apresentado o pior do partido” à Câmara do Porto, e o Chega, defendendo que o partido “nunca vai chegar ao Porto”.

A par de Diogo Araújo Dantas, surge nas listas do PPM Luis Almeida como cabeça de lista à Assembleia Municipal do Porto.

À Câmara do Porto são já conhecidas as candidaturas de Bebiana Cunha (PAN), Sérgio Aires (BE), Vladimiro Feliz (PSD), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Ilda Figueiredo (CDU), André Eira (Volt Portugal), António Fonseca (Chega), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre) e a recandidatura do independente Rui Moreira.

A Câmara do Porto é liderada pelo independente Rui Moreira, cujo movimento elegeu sete mandatos nas autárquicas de 2017, aos quais se somam quatro eleitos do PS, um do PSD e um da CDU.

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.