O novo romance de Miguel Sousa Tavares, “Último Olhar”, aborda a pandemia de Covid-19 e é editado em setembro, anunciou a Porto Editora, que chancela a obra.

“Último Olhar” sucede a “Cebola Crua Com Sal e Broa” (2018), obra com a qual o autor revisitou os seus tempos de infância.

Sobre a obra “Último Olhar”, a editora refere que Pablo, de 93 anos, é uma personagem que viveu a guerra civil espanhola (1936-1939), os campos de refugiados da guerra em França e esteve quatro anos no campo de extermínio nazi em Mauthausen, na Áustria.

“Depois viveu 75 anos tão feliz quanto possível, entre os campos de Landes, em França, e os da Andaluzia espanhola”, acrescenta a sinopse.

Uma outra personagem é a médica Inez, de 37 anos, casada com Martín, que vive em Madrid. Inez conhece, entretanto, Paolo, “um médico italiano que está mergulhado no olho do furacão do combate a uma doença provocada por um vírus novo e devastador, chegado da China: o SARS-CoV-2”, uma doença que se torna numa pandemia e “vai mudar a vida de todos eles, aproximando-os ou afastando-os, e a cada um convocando para enfrentar dilemas éticos a que se julgavam imunes”.

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Miguel Sousa Tavares nasceu há 69 anos no Porto, filho da poeta Sophia de Mello Breyner Andresen e do advogado e político Francisco Sousa Tavares.

O também jornalista já escreveu títulos de literatura infantil e de viagens, tendo-se estreado na ficção com “Não te Deixarei Morrer, David Crockett” (2001), um conjunto de contos e textos dispersos.

Em 2010, publicou o seu primeiro romance, “Equador”, que vendeu mais de 400.000 exemplares em Portugal, foi adaptado à televisão e está traduzido em 12 línguas. Sousa Tavares é autor também de “Rio das Flores”, “No Teu Deserto” e “Madrugada Suja”.