Era o segredo mais mal escondido da Fórmula 1. Mas, a partir desta terça-feira, é já uma realidade. George Russell, piloto britânico de 23 anos, vai deixar a Williams e juntar-se à Mercedes já na próxima temporada, tornando-se assim o novo companheiro de Lewis Hamilton. A mudança surge depois de, esta segunda-feira, a Alfa Romeo ter anunciado que Valtteri Bottas, na Mercedes desde 2017, será o substituto de Kimi Räikkönen na equipa suíça.

“É oficial. No próximo ano, vou ser piloto da Mercedes. Este é um dia especial para mim e quero deixar um enorme agradecimento à Williams, à Mercedes e a todos os que me apoiaram até chegar onde estou hoje. Não poderia tê-lo feito sem vocês”, escreveu Russell, que se estreou na Fórmula 1 em 2019 e competiu sempre com a Williams. O piloto britânico, natural de Norfolk, alcançou recentemente a melhor classificação da carreira ao ficar no segundo lugar do atípico Grande Prémio da Bélgica, garantindo o primeiro pódio na categoria rainha do automobilismo. Na prova imediatamente anterior, na Hungria, já tinha ficado na oitava posição, um resultado que na altura também foi inédito.

Em comunicado, a Mercedes também confirmou a contratação de George Russell. “A confirmação segue-se à saída de Valtteri Bottas, que vai juntar-se à Alfa Romeo no próximo ano depois de cinco temporadas muito bem sucedidas com a Mercedes. O Valtteri será sucedido pelo George Russell, de 23 anos, que entrou no Programa de Jovens Pilotos da Mercedes em 2017. O George ganhou o campeonato de GP3 Series dessa temporada e tornou-se campeão de Fórmula 2 no ano seguinte antes de chegar à Fórmula 1 com a Williams, em 2019. A sua ética profissional e as suas performances continuaram a impressionar ao longo das três temporadas com a Williams. Está agora pronto para dar o passo seguinte e chegar à Mercedes para continuar a desenvolver a sua carreira ao lado de Lewis Hamilton depois de ter assinado um contrato de longa duração com a equipa”, explicou a Mercedes, que ainda assim não especificou a longevidade do vínculo com o piloto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Era o dia de George mas a Mercedes estragou tudo nas boxes: e ofereceu o conto de fadas a Sergio Pérez

Ora, novamente, a chegada de George Russell à Mercedes está longe de ser uma surpresa. Para além de fazer parte do Programa de Jovens Pilotos da equipa, o britânico sempre foi apontado como a próxima grande aposta dos campeões mundiais de construtores e essa ideia ficou reforçada no penúltimo Grande Prémio da época passada, em Sakhir. Na altura, já com o sétimo título mundial conquistado, Lewis Hamilton testou positivo à Covid-19 e ficou afastado da corrida do Bahrain. Numa decisão algo atípica, a Mercedes não optou pelos pilotos de reserva (que eram Stoffel Vandoorne e Esteban Gutiérrez, ambos já com experiência na Fórmula 1) para substituir Hamilton e escolheu George Russell, que nessa etapa deixou o Williams nas mãos de Jack Aitken e conduziu o carro que era campeão do mundo. O jovem piloto ficou muito perto da vitória mas acabou por ser traído por um erro nas boxes e um furo, terminando no nono lugar e com a volta mais rápida.

Valtteri Bottas vai deixar a Mercedes no final da temporada e juntar-se à Alfa Romeo para substituir Räikkönen

O novo desafio de George Russell surge então depois de, esta segunda-feira, ter ficado confirmado que Valtteri Bottas vai deixar a Mercedes e seguir para a Alfa Romeo, que encontrou no finlandês o substituto para o veterano Kimi Räikkönen, que aos 41 anos e depois de 19 épocas anunciou na semana passada que vai acabar a carreira na Fórmula 1. Com Bottas colocado e Russell confirmado, resta agora saber quem é que a Williams vai encontrar para render o jovem britânico.