As reações de Sérgio Conceição na sua zona técnica do FC Porto (assim como as de Rúben Amorim na zona técnica do Sporting, por aqui também houve igualdade) deixavam antever bem algo que foi comum a todos os que estavam presentes no Estádio José Alvalade: o critério apertado utilizado por Nuno Almeida, logo com três cartões em cinco minutos num total de 12 que viria a somar, não agradou propriamente a ninguém. No entanto, nem isso, nem os jogos internacionais sobretudo dos sul-americanos, nem o calendário demasiado apertado funcionaram como “escudo” para o técnico na hora de analisar o bom e o mau do clássico.

Se Nuno Santos disse que é e está presente, Diogo Costa já é o futuro (a crónica do Sporting-FC Porto)

“Entrámos relativamente bem no jogo. penso que o Sporting conseguiu fazer o golo quando de alguma forma dominávamos. Passado dois ou três minutos temos a ocasião do Corona, que podia ter empatado o jogo. Não fizemos e depois ficámos aquém daquilo que podemos fazer, com algumas perdas de bola no nosso início de construção e indefinição no último terço. A equipa por vezes ficou distante do que tínhamos trabalhado.  Podíamos apresentar aqui 1.001 desculpas mas não é por aí… Devíamos ter feito mais”, começou por dizer na zona de entrevistas rápidas da SportTV, destacando as melhorias no segundo tempo.

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“A equipa melhorou na segunda parte a todos os níveis. Na frente, sem criarmos muito, fomos mais dominadores e fizemos um excelente golo. Não permitimos tanto ao Sporting. Houve algumas picardias, jogadores nervosos, aqui e ali alguma falta de critérios nos cartões que enervou os jogadores. Foi um duelo entre duas boas equipas e competitivas. Tenho de dizer isto, foram duas equipas que queriam ganhar, dentro de um ambiente e um contexto que não era fácil”, ressalvou ainda na primeira análise.

“Substituições antes do intervalo? Achei que devia fazer, porque não estávamos muito coesos no jogo. A equipa não estava a responder defensivamente, a perder bolas de forma constante no corredor central, o que permitia ao Sporting sair de forma rápida. O mais prudente seria tirá-los. Entraram outros dois, mas não é pelo Bruno ou pelo Marcano, é pela equipa, aquilo era o melhor para a equipa. Verificou-se que quem entrou deu uma boa resposta. Tenho de louvar o espírito dos jogadores. Uns na preparação, só vídeo e jogo, o que não é fácil; outros com algumas dificuldades físicas, porque um ou outro não jogou a 100%. São escolhas, achei que era a abordagem correta, depois de analisar com o departamento clínico. Depois é aquilo que disse: duas boas equipas, num jogo não tão bem jogado, algumas picardias a mais mas faz parte”, explicou, antes de finalizar falando da exibição do regressado Corona e da desvantagem de quatro pontos para o Benfica.

“O Corona já esteve um pouco melhor do que vi há uma semanas. Este mês de agosto é terrível para a estabilidade emocional dos jogadores. Estamos a gerir isso, quem está de fora não sabe. Por vezes ficam surpresos com certas situações, mas quem conhece os jogadores, o ambiente que temos e também a preparação dos jogos percebe tomámos opções que são para ganhar jogos. Não estamos contentes por vir cá empatar a casa do campeão mas estamos na Champions, estamos habituados a jogos de alto nível e não jogando tão bem, não estando no nosso melhor, fomos uma equipa competitiva. Atraso em relação ao primeiro lugar? O Campeonato é uma maratona, no final em maio faremos as contas”, concluiu.