O cabeça de lista do Chega à Câmara de Coimbra, Miguel Ângelo Marques, afirmou esta quarta-feira que o município deveria estudar a possibilidade de tornar o Rio Mondego navegável entre Penacova e a Figueira da Foz.

“O trânsito, a norte do açude, mantinha-se com as barcas típicas do Mondego [barcas serranas] e, a sul, devia-se fazer a navegabilidade entre Coimbra e Figueira da Foz”, disse à agência Lusa o candidato do Chega, apontando para o caso de Aveiro que ganhou muito turismo com os moliceiros.

Para Miguel Ângelo Marques, é necessário a Câmara discutir essa questão, já que é um recurso que está a ser “desaproveitado”.

“Estivemos muito tempo virados de costas para o rio. Agora, temos até algumas ciclovias que o contornam e considero que devíamos aproveitar essa situação, porque se pudermos transitar entre Coimbra e a Figueira em barcos elétricos seria mais interessante do que ir pela autoestrada”, salientou.

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Questionado sobre quais os custos de um projeto dessa dimensão, o candidato admitiu que não tem os “valores concretos” de quanto custaria uma operação dessas.

“Mas não me parece que seja uma coisa assim tão difícil de fazer. Se virmos o leito do rio novo, vê-se que não há muitas curvas pronunciadas. Seria um género de um Basófias [barco que faz passeios junto à cidade] a passar para cima e para baixo e isso iria empolgar e trazer mais vida para a cidade”, realçou, considerando que esta medida, apesar de focada no turismo, ajudaria também à mobilidade.

No setor da mobilidade, o cabeça de lista do Chega defende que se deveria apostar em autocarros elétricos ou híbridos e “mais pequenos”.

“Vê-se os autocarros com pouca gente e seria preferível ter mais passagens e mais horários e com autocarros mais pequenos do que termos autocarros cheios de nada”, argumentou.

Nessa área, a sua candidatura propõe ainda o alargamento da rede de postos de abastecimento de veículos elétricos e a construção de um silo automóvel junto ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Relativamente ao Metro Mondego, o candidato defende que se avance com o que está “projetado e validado”, para que o processo não se atrase mais.

No entanto, propõe que o Sistema de Mobilidade do Mondego deveria ser absorvido pelos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), apesar de servir mais do que um concelho.

Para além de Miguel Ângelo Marques, concorrem às eleições de dia 26 o atual presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado (PS), José Manuel Silva (Juntos Somos Coimbra — PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR /Aliança), Francisco Queirós (CDU), Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra), Filipe Reis (PAN), Inês Tafula (PDR/MPT) e Tiago Meireles Ribeiro (Iniciativa Liberal).