O candidato do PS à presidência da Câmara da Guarda, Luís Couto, disse esta quarta-feira que estão quatro empresas interessadas no concurso que foi lançado pelo Governo para a recuperação do edifício do antigo Hotel de Turismo.

Segundo o candidato, a ineficácia da Câmara em resolver a situação, levou a candidatura a fazer contactos “ao mais alto nível” para que a mesma fosse ultrapassada e o hotel recuperado e devolvido à cidade e à região.

Luís Couto disse esta quarta-feira à agência Lusa que logo após a publicação do concurso surgiu um interessado “com experiência no ramo, que gere um número considerável de hotéis por todo o mundo”, mas, nesta data, contam-se quatro interessados.

“Temos a grata surpresa, hoje [esta quarta-feira], de poder dizer que já vamos em quatro entidades, quatro empresários, quatro unidades empresariais, que estão interessadas em concorrer ao concurso do Hotel de Turismo da Guarda”, disse.

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O Governo lançou, em julho, um novo concurso, no âmbito do programa Revive, para a concessão do antigo Hotel Turismo, que está encerrado desde 2012 e cujo primeiro contrato de concessão teve de ser revogado.

O aparecimento de quatro empresários interessados na reabilitação da unidade hoteleira, é para Luís Couto, “uma grande garantia de que, provavelmente, desta vez chegará a bom porto a reconstrução do hotel”.

“São quatro entidades que não têm por trás fundos que a gente não sabe de onde é que vêm. São empresas com nome na praça, no mercado europeu e nacional”, acrescentou, referindo que, de momento, não pode avançar com nomes porque existe um acordo de confidencialidade.

O candidato do PS à liderança da autarquia da cidade mais alta do país mostra-se satisfeito por as diligências efetuadas estarem a dar frutos e verificar que “as coisas estão todas prontas para poderem andar e para que a reconstrução do Hotel de Turismo da Guarda seja uma realidade”.

Para Luís Couto, o hotel “é uma preciosidade” e “tem que ser revitalizado e recuperado o mais rápido possível”, seja qual for a modalidade encontrada.

“Para nós [PS], o importante, é por aquela unidade hoteleira com uma gestão a funcionar, para que aquela peça de arquitetura belíssima que temos no centro da cidade, não esteja no estado em que se encontra neste momento”, vincou.

O hotel é “uma peça fundamental” para o programa de turismo e cultura da candidatura socialista, encaixando “perfeitamente” na “estratégia de criar condições para a valorização turística”.

Do programa do PS constam a recuperação de casas do centro histórico, o reavivar das visitas encenadas, localizar novas estruturas ligadas à cultura Judaica e a instalação de um Centro de Interpretação dos Castelos e Fortalezas da Raia, entre outras propostas.

A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD obteve 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.

O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu e que é o candidato do PSD às eleições autárquicas do dia 26 de setembro.

Na Guarda, além de Luís Couto (PS) e de Carlos Chaves Monteiro (PSD), são candidatos Sérgio Costa (independente), Francisco Dias (Chega), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Pedro Narciso (CDS-PP).