A Frente Comum (afeta à CGTP) não saiu convencida da reunião desta quarta-feira com a ministra da Administração Pública. Sebastião Santana disse, após o encontro, que dia 12 “será uma grande greve dos trabalhadores da administração pública”.

Ao jornalistas, após o encontro, o líder da Frente Comum indicou que partia para a reunião com a esperança de que “houvesse um processo negocial objetivo”. “Não é disso que se trata”, acrescentou. “O Governo informou-nos que vai manter a proposta que tinha de aumento salarial para a generalidade dos trabalhadores da administração pública de 0,9% e uma atualização em linha com atualização do salário mínimo. E continua a não dar resposta a um conjunto de problemas”, frisou.

A Frente Comum, à semelhança dos restantes sindicatos da função pública, pede a atualização do subsídio de alimentação e mexidas “nas contagens de tempo de serviço em algumas carreiras que disso dependem”, no sistema de avaliação (o SIADAP) e nos descontos para a ADSE. Na lista de exigências estão também aumentos mais expressivos dos salários e das pensões que permitam recuperar da perda do poder de compra dos últimos anos. Matérias que, acredita, “o Governo pode e deve dar resposta neste momento”.

Uma coisa é certa: dia 12 será uma grande greve dos trabalhadores da administração pública“, defendeu.

Também a FESAP, antes do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, tinha dito que se juntaria à greve, mas acabou por desconvocá-la.

O Governo confirmou esta quarta-feira aos sindicatos da função pública o aumento geral dos salários em 0,9% em janeiro de 2022. Também o salário base dos assistentes operacionais vai subir por via do aumento do salário mínimo (o Governo tem falado nos 705 euros). Já “fruto do contexto político“, a valorização do vencimento de entrada dos técnicos superiores (de 50 euros de forma faseada até 2023) fica pelo caminho, assim como a manutenção da diferença entre o salário base dos assistentes operacionais e dos assistentes técnicos (de 38 euros passará a quatro euros). Alexandra Leitão, ministra da Administração Pública, pretende, no entanto, retomar essas alterações num cenário pós-eleitoral.

Função pública. Ministra confirma aos sindicatos atualização salarial de 0,9% em janeiro

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