Já te aconteceu apaixonares-te?
Já te aconteceu ficares com o coração despedaçado?
Já te aconteceu tentar matares-te por amor?
Já te aconteceu os teus pais obrigarem-te a fazer algo que não querias?

Em “Porque é Infinito”, a nova criação do coreógrafo Victor Hugo Pontes, o ponto de partida são as palavras de Shakespeare — “Romeu e Julieta”– , reescritas pela atriz e dramaturga Joana Craveiro, numa reflexão sobre como é amar nos nossos dias. Em palco estão 11 intérpretes, maioritariamente entre os 15 e os 20 anos, sem desgostos amorosos no curriculum e a construir a suas primeiras relações na vida real. Entre a palavra e o movimento, dão uma voz atual ao drama da literatura clássica e questionam o público, e, consequentemente, a eles próprios, sobre o que é, afinal, o amor.

“Perante os momentos que o Shakespeare nos coloca na narrativa, estas questões são colocadas e respondidas numa espécie de jogo em que tudo pode ser verdade e tudo pode ser mentira. Não é um espetáculo biográfico, pois nem sempre os interpretes estão a falar na primeira pessoa, é mais uma reflexão sobre como se dizia ‘amo-te’ no tempo de Shakespeare e como o dizemos agora”, explica Victor Hugo Pontes ao Observador.

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