“Gosto muito do PPD/PSD, nunca deixei de gostar”, disse esta segunda-feira à noite Pedro Santana Lopes. Em entrevista à CNN, admitiu um regresso ao PSD: “Há uma pessoa que quer muito […], que é a Conceição Monteiro. Teve um desgosto enorme por eu sair. […] Acho que é provável, eu sou de lá, eu pertenço lá. […] Gosto de voar sozinho, mas sei qual é o meu bando“.

Santana Lopes assegurou, no entanto, que não sabe precisar o momento do regresso, mas quando isso acontecer, será pela “mesma porta” por onde saiu, sem “festas, euforias, assobios ou palmas”, mas sim “discretamente”. O regresso não estará ainda relacionado com uma eventual aproximação do partido ao poder. “Agora não vou voltar para lado nenhum, vou continuar independente.”

Sobre a decisão de romper com o PSD, há cerca de três anos, depois de ter perdido as eleições para a presidência do partido, Santana Lopes respondeu que não se arrependeu e que é independente. “Não é que não me sentisse um homem livre antes, mas hoje em dia mais.”

O atual presidente da Câmara da Figueira da Foz admitiu ainda que quis seguir outro caminho, referindo-se ao partido Aliança, que para ele “correu muito mal”. “Ainda hoje as pessoas acham que sou PPD/PSD em muito sítio, é uma marca que fica para a vida.”

Disse ainda que “há umas semanas por telefone” foi a última vez que falou com Rui Rio, ainda antes do Congresso do PSD — sobre a sua participação no evento afirmou que “podia ter ido ter a hora certa, podia ter estado na linha da frente, como se costuma dizer, até podia ter falado”.

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