O aumento das vendas no comércio a retalho desacelerou para 7,3% em dezembro e no conjunto de 2021 os negócios no retalho aumentaram 4,1% face a 2020, ano que tinham diminuído 3,3%, revelou esta sexta-feira o INE.

A evolução em dezembro do índice agregado do Instituto Nacional e Estatística (INE) foi determinada pelo agrupamento de produtos não alimentares, que passou de uma subida de 14,5% em novembro para uma de 7,9% em dezembro, face ao abrandamento do agrupamento de têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro (39% em novembro e 16,7% em dezembro) e ao aumento dos produtos alimentares (4,9% em novembro e 6,6%).

No último mês do ano passado, os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas apresentaram taxas de variação homóloga de 3,8%, 6,5% e 3,7%, respetivamente, contra subidas de 3,4%, 6% e 5,3% em novembro, pela mesma ordem.

A variação mensal do índice agregado situou-se em -2,3% (3,1% em novembro), adianta o instituto, precisando que os agrupamentos de produtos alimentares e produtos não alimentares passaram de variações de, respetivamente, 0,2% e 5,4% em novembro, para mais 4% e menos 7,1% em dezembro.

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Em todo o ano, o aumento de 4,1% situa-se 0,8% acima de 2019, ano antes da pandemia, decorrente de um quatro trimestre de 2021 com as vendas no comércio a retalho a crescer 6,9%, em termos homólogos, acima do aumento de 2,7% no terceiro trimestre, e com uma aceleração mais intensa nos produtos não alimentares.

No quarto trimestre, os agrupamentos de produtos alimentares e produtos não alimentares registaram variações homólogas trimestrais de 4,5% e 8,9%, respetivamente, contra 2,8% e 2,7% no terceiro trimestre 2021.

Em termos de média anual, em 2021, a variação do emprego, das remunerações e das horas trabalhadas foi, respetivamente, 0,0%, 3,7% e 2,5% (-2,1%, 1,3% e -7,7% em 2020).