A próxima campanha de vacinação das vacinas contra a Covid-19 e contra a gripe para maiores de 65 anos e pessoas com comorbilidades arrancará a 5 de setembro, anunciou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas. O objetivo é terminar esta fase em dezembro, apesar de o processo não estar fechado e poder estar dependente da evolução epidemiológica.

Em conferência de imprensa conjunta, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou esta quarta-feira que Portugal tem 6,9 milhões de vacinas em stock contra a Covid-19. Para o próximo plano de vacinação, o país gastou 15 milhões de euros na compra da vacina contra a gripe, que este ano será tetravalente reforçada — e “será usado pela primeira vez em Portugal”

O objetivo é optar “sempre que possível” pela estratégia da coadministração das duas vacinas, referiu Graça Freitas, que detalhou que o período entre doses (ou infeção) é de três meses, de forma “a simplificar o processo”. O esquema vai começar pelos maiores de 80 anos e vai prolongar-se até dezembro de forma decrescente até chegar à faixa etária dos 65.

Para além dos maiores de 65 anos, as pessoas com mais de 18 anos que têm “doenças crónicas, insuficiência cardíaca ou neuromuscular”, bem como os “profissionais de saúde e funcionários” serão vacinados neste duplo esquema. As grávidas também vão usufruir da vacina contra a gripe.

Graça Freitas realçou que Portugal tem uma “altíssima cobertura vacinal” e que 40% das pessoas elegíveis para a segunda dose de reforço já foram vacinadas.

Esta estratégia baseia-se, contudo, nos pressupostos de que as variantes vão manter um perfil semelhante às que estão em circulação, que a efetividade vacinal contra a doença grave e morte se mantém semelhante à atual e que o plano será desenvolvido “com as vacinas disponíveis” na altura, adiantou Graça Freitas.

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