A troca no patrocinador principal da camisola da equipa de futebol já era conhecida, a forma como a marca estará representada na parte da frente do equipamento para 2022/23 também tinha sido apresentada mas só esta quarta-feira houve o anúncio oficial do patrocínio da Betano ao futebol dos azuis e brancos, numa ligação que existia antes no andebol. Como é habitual neste contexto, as primeiras palavras da cerimónia foram quase protocolares em relação ao acordo entre as partes mas, à margem do anúncio, Pinto da Costa comentou depois alguns assuntos da atualidade dos dragões, assumindo propostas por Vitinha.

“Fomos campeões nacionais de andebol com a camisola com a marca Betano e esperamos no futuro continuar a ter os mesmos êxitos. Desde que temos sponsor nas camisolas temos tido empresas de grande prestígio: a Revigrés durante 24 anos, a MEO, com quem vamos continuar noutros projetos, e a agora a Betano, com quem temos acordo por quatro anos e esperamos que sejam mais”, comentou o líder portista. “É uma honra estar ao lado de Pinto da Costa, uma lenda viva do futebol. Tenho noção da história do clube, vim cá nos últimos meses e fiquei impressionado. O FC Porto foi sempre um exemplo, é difícil vir de um país pequeno e competir com instituições de Inglaterra”, referiu George Daskalakis, CEO da Betano.

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Depois vieram os temas à margem do anúncio, não só com as questões de mercado envolvendo jogadores e treinador como também os castigos conhecidos pelo caso da garagem no clássico com o Sporting na Liga.

“Mercado? A mim não me cria preocupação nenhuma. A única coisa que posso prometer é que não há nenhum contacto de nenhum clube em relação ao Diogo Costa até hoje. Nem ele, nem ao Taremi, nem ao Toni Martínez. Houve uma oferta concreta, de um valor considerável, pelo Vitinha que nós não aceitámos e remetemos para a cláusula de rescisão, que é a única maneira de nos levar o jogador”, garantiu Pinto da Costa em relação aos vários nomes que têm sido ventilados na imprensa. “Treinador? Segundo me dizem os amigos, acho que o Sérgio Conceição já está lá há muito tempo [em Paris], ainda ontem recebi um telefonema dele e pelo vento dava-me ideia que ele estava a falar da Torre Eiffel”, ironizou o líder portista.

Vitinha: “Esperei muito tempo por este momento. Não há palavras para descrever, estou mesmo muito feliz”

“Se é difícil resistir ao assédio inglês, como diz André Villas-Boas? Ninguém melhor do que o André para fazer essa afirmação, ele sabe que foi o dinheiro do futebol inglês que a oito dias do início da pré-época, quando já estava tudo preparado, lhe retirou da cadeira de sonho. Se isso acontece é óbvio que eles têm poder económico, a começar pelos impostos que criam logo uma grande desigualdade. A prova que é difícil resistir está no Darwin Núñez. Mas quanto ao Vitinha repito: se colocarem um euro abaixo da cláusula, não sai”, reforçou, apontando aos 40 milhões de euros para poder deixar sair o médio.

FC Porto-Sporting. Sérgio Conceição ilibado e Rui Cerqueira e Vítor Baía condenados

“Castigos do caso da garagem? Não me merece qualquer comentário. Foi muito falado, deu para muitos programas de televisão e alertas e, no fim, a montanha pariu um rato. O nosso administrador Vítor Baía assumiu que insultou o outro cavalheiro e o Rui Cerqueira, porque era reincidente, teve uma pena maior”, resumiu Pinto da Costa sobre o caso onde Sérgio Conceição acabou absolvido das acusações.