Quando a Ferrari anunciou que Benedetto Vigna seria o novo CEO da marca do Cavallino Rampante, esperavam-se algumas mudanças no rumo e na estratégia do construtor. Tanto mais que Vigna vinha de um longo ciclo de 26 anos à frente de um fabricante de chips, o que garantiria uma maior abertura do gestor à colaboração com empresas tecnológicas, de que a Ferrari necessita para reforçar a oferta de veículos híbridos plug-in (PHEV) e 100% eléctricos. Mas, ao anunciar 15 novos modelos até 2026, a marca criada por Enzo Ferrari surpreendeu até os fãs do construtor.

A primeira destas 15 novidades será o Purosangue, o SUV de que já aqui falámos quando a Ferrari confirmou que será apresentado em Setembro e estará equipado com um V12 atmosférico, para iniciar as entregas a clientes logo no início de 2023.

Sabe-se igualmente que o construtor visa atingir 85% das vendas com os modelos normais da gama, para depois garantir 10% através dos veículos das séries especiais, com os restantes 5% a ficarem a cargo das séries Icona. Isto significa que 15% das vendas serão garantidas por modelos produzidos em pequenas quantidades, mas com generosas margens de lucro.

Dentro de quatro anos, a Ferrari terá apenas 40% de veículos exclusivamente com motores a combustão, ou seja, sem qualquer ajuda eléctrica para incrementar a potência ou diminuir os consumos. Dos restantes modelos da gama, 55% serão PHEV e 5% não serão alimentados por gasolina, mas sim por bateria.

Se a gama prevista para 2026 promete causar alguma surpresa junto dos clientes mais tradicionalistas da Ferrari, o lineup de modelos para 2030 não os vai sossegar minimamente. Os Ferrari apenas com motor a gasolina vão ver o seu peso na gama baixar de 40% para apenas 20%, enquanto os PHEV vão cair de 55% para 40%. Isto significa que 40% da totalidade dos modelos produzidos pela Ferrari serão eléctricos dentro de oito anos.

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