O empresário Mário Ferreira foi constituído arguido, no âmbito do Caso Ferry. A informação foi avançada esta quinta-feira pela SIC e confirmada pelo Observador.

A empresa Douro Azul, de Mário Ferreira (que é também dono da TVI) foi na quarta-feira alvo de buscas da Autoridade Tributária e do DCIAP, no Porto, no Funchal e em Malta. Em causa está o processo em que se  investigam suspeitas de fraude fiscal na venda do navio Atlântida — um novo inquérito, autonomizado pelo Ministério Público, que resulta de uma certidão extraída de um processo negocial que envolvia os Estaleiros Navais de Viana do Castelo e a subconcessão ao Grupo Martifer.

Mário Ferreira pede para ser arguido. A carta que escreveu ao Ministério Público

Na sequência dos buscas, o próprio Mário Ferreira tinha pedido para ser constituído arguido numa carta dirigida ao Ministério Público. A defesa garantiu que o pedido foi feito sem prejuízo de o arguido estar absolutamente convicto da sua inocência e das empresas em questão, argumentando que nunca lhe foi dada a oportunidade de ser ouvida no “âmbito deste processo”, “situação intolerável e que muito contribuiu para o empolamento deste caso”.

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Nessa carta, o advogado Tiago Félix da Costa lembra que as suspeitas sobre o responsável da Douro Azul já foram levantadas num processo aberto em 2014, que foi entretanto arquivado, mas do qual foi extraída a já referida certidão que levou a esta nova investigação.  O também dono da TVI acusa “diversas pessoas” que desde abril de 2016, quando também foram realizadas buscas à sua empresa, têm lançado “suspeitas e, inclusivamente, proferirem verdadeiros atentados” contra a sua “honra”.