O Instituto Politécnico de Coimbra vai construir uma escola para cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) e pós-graduações, na zona da sua sede, num investimento de cerca de 3,5 milhões de euros, afirmou esta sexta-feira o presidente da instituição.

O investimento junto à sede do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), em São Martinho do Bispo, inclui ainda cerca de 12 milhões de euros para a construção de uma nova residência de estudantes, tendo o projeto obrigado à suspensão parcial do Plano Diretor Municipal (PDM), aprovada na segunda-feira em reunião da Câmara Municipal.

Neste momento, os cursos CTeSP funcionam dentro de cada uma das escolas do Politécnico e há quatro escolas que fazem estes cursos. Este investimento insere-se numa aposta maior nestes cursos e criar um espaço e escola para dar resposta às áreas que as nossas escolas não dão”, disse à agência Lusa o presidente do IPC, Jorge Conde.

O IPC terá capacidade para duplicar o número de alunos a frequentar este tipo de cursos, realçou, referindo que o modelo ou forma de operação da escola “ainda está em estudo” entre o Politécnico e as escolas superiores associadas.

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“Temos cada vez mais alunos à procura deste tipo de cursos, empresas interessadas em profissionais com uma formação mais prática e mais curta e, portanto, com um acesso ao mercado de trabalho mais rápido”, realçou Jorge Conde, notando que há tarefas esta sexta-feira exercidas por licenciados que poderiam ser concretizadas por pessoas com CTeSP.

O investimento está integrado num projeto que prevê ainda a construção de uma residência de estudantes com cerca de 400 camas, mais do que duplicando a oferta que o IPC tem, neste momento, em Coimbra.

As duas empreitadas irão receber apoio através do Plano de Recuperação e Resiliência, informou, salientando que a dotação para os projetos já foi confirmada pelo Governo, mas falta ainda a assinatura de um contrato.

“Queremos acreditar que tudo está a decorrer dentro dos prazos normais”, realçou Jorge Conde.

O presidente do IPC gostaria de ver o edifício da escola a funcionar “em setembro de 2024”, considerando que, no caso da residência de estudantes, “se puder servir o ano letivo 2025/2026 já seria muito bom”.