O banco central dos EUA, a Reserva Federal (Fed), aumentou a taxa de juro de referência em mais 75 pontos-base, para um intervalo entre 3,75% e 4,%. Trata-se da quarta subida consecutiva nesta magnitude, o que já era antecipado pelos investidores nas últimas semanas, mas o banco central deu uma primeira pista de que poderá abrandar o ritmo das subidas. É “prematuro, porém, pensar numa pausa” no aperto da política monetáriae os juros podem

A Fed acrescentou, no comunicado, uma indicação de que o banco central irá passar a ter em conta o “efeito cumulativo” das subidas das taxas de juro feitas até agora, ciente de que existe algum “lag” (efeito retardado) nos efeitos que os aumentos já feitos irão ter na inflação.

“O Comité antecipa que aumentos contínuos na taxa de juro serão apropriados para chegar a uma postura de política monetária que seja suficiente restritiva para fazer a taxa de inflação voltar a 2% ao longo do tempo”, afirma a Reserva Federal, acrescentando: “Para determinar o ritmo de futuras subidas nas taxas de juro, o Comité vai levar em consideração o aperto cumulativo da política monetária e os efeitos retardados com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação, além dos desenvolvimentos económicos e financeiros”.

Esta nota foi o suficiente para fazer as bolsas recuperarem das perdas iniciais, antecipando uma suavização da trajetória de aperto monetário pela Fed, e passarem para o “verde” nesta sessão bolsista. Também o dólar passou para o vermelho, cedendo uma parte dos ganhos dos últimos meses. Porém, com a conferência de imprensa de Jay Powell a tendência inverteu-se: as bolsas voltaram ao “vermelho” depois de Jay Powell sublinhar que é “muito prematuro” pensar numa “pausa” no caminho do aperto monetário e admitir que os juros podem subir “mais do que o previsto”.

Reserva Federal. Vem aí, finalmente, o “pivô” na subida dos juros pelo banco central mais poderoso do mundo?

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