A Polestar nasceu como equipa de competição, evoluiu para submarca da Volvo para modelos desportivos e finalmente para construtor independente, sob o controlo dos chineses da Geely. Apesar do seu primeiro modelo ter sido um híbrido plug-in, este construtor dedicou-se desde então a veículos 100% eléctricos, solução em que acredita para tornar o futuro mais sustentável. Daí que Fredrica Klarén, a directora executiva para a sustentabilidade do construtor, tenha decidido criticar a Toyota, por continuar a apostar em mecânicas híbridas que queimam combustíveis fósseis.

A Toyota foi provavelmente o primeiro construtor a usufruir de uma imagem positiva, junto do público, graças à sua aposta declarada em veículos mais amigos do ambiente. Estávamos então em 1997 e o híbrido Prius escancarou as portas do mercado californiano – muito sensível ao argumento ambiental – e posteriormente do resto dos Estados Unidos da América, devido às vantagens no consumo asseguradas pela tecnologia que juntava um motor de combustão a outro eléctrico, imagem de economia e menores emissões que também o ajudaram (e à marca) a impor-se na Europa. Mas se o construtor japonês foi rápido a investir nos veículos híbridos, tem figurado entre os mais lentos a apostar nos eléctricos, o que motivou o comentário desta responsável pela Polestar.

Engano nas contas? Toyota corre atrás do prejuízo

É sempre curioso quando um dos construtores mais jovens e pequenos do mercado critica as opções do maior fabricante do mundo, mas as dúvidas em relação à política adoptada pelo actual CEO da Toyota em relação à aposta nos modelos a bateria surgiram há muito, tendo baixado de tom depois de a marca se comprometer com o lançamento de 20 modelos eléctricos para breve. É claro que os motores híbridos oferecem vantagens em consumo e emissões face aos motores a combustão convencionais, mas para Fredrica Klarén o importante é que os híbridos continuam a expelir gases de escape poluentes.

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