A Parpública recebeu seis propostas de compra da Efacec, sendo três de empresas portuguesas e três de estrangeiras, anunciou a empresa pública.

Terminava esta segunda-feira o prazo para a entrega de propostas vinculativas para a aquisição dos 71,73% que o Estado detém na Efacec. E no final do prazo, a Parpública comunica que foram recebidas “seis propostas vinculativas por parte de três entidades nacionais e três estrangeiras”, não as nomeando. O jornal Eco avança que Visabeira e Sodecia se associaram em consórcio.

Agora, segue-se o período para analisar as propostas, o que decorrerá nos próximos 10 dias.

António Costa Silva, ministro da Economia, tem recusado a venda em partes pela empresa, mas conforme noticiado pelo Expresso tem sido essa a pretensão de alguns dos interessados.

Costa Silva não quer “Efacec boa e Efacec má” no processo de venda a privados

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Para o ministro da  Economia seria importante neste processo “uma solução que salvaguarde o perímetro da empresa”, recusando “o modelo da Efacec boa e Efacec má”, realçando que “o que estamos a tentar é que os vários interessados se exprimam para salvaguardar a globalidade da Efacec. Se as negociações forem conduzidas com sucesso e se houver interesses coincidentes muito bem. Se houver interesses divergentes por áreas diferentes da empresa, que se construa uma estrutura acionista estável que permita salvaguardar o perímetro de funcionamento da empresa”, declarou no Parlamento em janeiro deste ano.

Na corrida estão fundos e empresas industriais, mas o Jornal de Negócios noticiou que a Efaflu terá sido excluída, assumindo o seu presidente da este jornal que defende uma venda em partes. Mas António Ricca garante que fez uma manifestação de interesse a pensar na totalidade da empresa, ainda que tenha dado a indicação de que “tínhamos preferência em ficar só com a Efacec Energia. Mas toda a gente, incluindo responsáveis político e os quadros da empresa, defende que se deve vender a Efacec em partes a parceiros adequados, só que, publicamente, defendem ‘o bolo’”, declarou ao Negócios.

Segundo o mesmo jornal, Mota-Engil, Visabeira e Sodecia estão principalmente interessadas na área de mobilidade, não se sabendo se alguma chegou a apresentar proposta. De qualquer forma o presidente da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, tinha declarado ao Negócios que “provavelmente não” iria apresentar proposta.

Recentemente, e já em fevereiro, António Costa Silva declarou que se a venda ficar concluída num mês ou dois, as injeções públicas “serão limitadas”, além dos 165 milhões de custo que o Governo diz estar a ter com a Efacec, entre garantias e injeções de tesouraria.

O Estado está a tentar privatizar a empresa, estando já em curso a segunda tentativa, depois do primeiro processo com a DST ter falhado.

Governo assume oficialmente que privatização da Efacec falhou. DST deseja “o melhor” para a Efacec