O festival literário Correntes d’Escritas começa esta terça-feira na Póvoa de Varzim, Porto, livre de todas as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, contando nesta edição com a presença de 98 autores de expressão ibérica, de 15 diferentes nacionalidades.

Os escritores vão reunir-se até dia 18 de fevereiro, neste grande evento, que decorrerá maioritariamente no Cine-Teatro Garrett, onde será anunciado, na quarta-feira, na Sessão Oficial de Abertura, o Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros.

A escritora moçambicana Paulina Chiziane, Prémio Camões 2021, e o seu compatriota Guita Jr., o angolano Ondjaki, a são-tomense Cândida Lima, o brasileiro Geovani Martins, a espanhola Rosa Montero, o cubano Marcial Gala, os colombianos Santiago Gamboa e Juan Gabriel Vasquez, vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa em 2018, Hélia Correia, também distinguida em 2013, e outros autores portugueses como João Luís Barreto Guimarães, Prémio Pessoa 2022, Manuel Jorge Marmelo, Teolinda Gersão, Valério Romão e Valter Hugo Mãe são alguns dos autores que vão passar pelo festival literário.

A 24.ª edição do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica vai dedicar a Revista Correntes d’Escritas ao escritor angolano Manuel Rui, de 81 anos, um dos autores residentes do certame, depois de participar em todas edições desde 2000 até 2021.

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Este ano, concorrem ao prémio obras de A.M. Pires Cabral, António Cabrita, Hélia Correia, Luís Filipe Castro Mendes, Margarida Vale de Gato, Maria do Rosário Pedreira, Regina Guimarães, Rosa Alice Branco, Rosa Oliveira, Rui Almeida e Rui Laje.

Para esta edição, estão previstas dez mesas de debate, em que participarão todos os autores presentes, cujos temas partem de frases da poesia de Ana Luísa Amaral (1956-2022), vencedora do Prémio Literário, em 2007, com o seu livro “A Génese do Amor”.

Além das mesas de debate, terão lugar apresentações de 37 obras, recém-lançadas ou a lançar no mercado livreiro português, bem como o pré-lançamento de “O Dever de Deslumbrar — Biografia de Natália Correia”, por Filipa Martins, assinalando o centenário da poeta.

Da memória do escritor chileno Luís Sepúlveda (1949-2020), uma das primeiras vítimas da pandemia, que foi presença regular nas “Correntes”, será apresentado o livro “Mundo Sepúlveda”, assinado em parceria com o fotógrafo Daniel Mordzinski.

Paralelamente, estão previstos os habituais encontros de autores com alunos nas escolas, uma sessão de cinema, com exibição do filme “O Campo de Sangue”, de João Mário Grilo, baseado na obra homónima de Dulce Maria Cardoso, exposições de arte, sessões de teatro e ainda o curso de formação de professores apelidado “Correntes em Rede”.