Nascido há 31 dias, no Oceano Índico, Freddy pode estar prestes a fazer história ao tornar-se na tempestade tropical mais duradoura da Terra. Desde 6 de fevereiro, atingiu Madagáscar e Moçambique, provocou, pelo menos, 21 mortes e nos próximos dias vai intensificar-se.

Até ao momento, o recorde de tempestade tropical com maior longevidade foi estabelecido pelo furacão-tufão John, em 1994. Durou precisamente 31 dias, os mesmos que Freddy atinge esta terça-feira. Porém, ao contrário do que aconteceu com o primeiro, as previsões apontam para um fortalecimento contínuo de Freddy, que deverá aumentar de intensidade nas próximas 72 horas.

“Neste momento, [Freddy] parece ser o novo detentor do recorde para o ‘ciclone tropical mais duradouro’ alguma vez registado… mas continuamos a acompanhar a situação”, afirmou Randall Cerveny, da Organização Meteorológica Mundial, ao The Washington Post. Há 24 horas, Freddy era uma tempestade tropical com ventos sustentados de 104 km/h. Agora, é o equivalente a um furacão de categoria dois com ventos máximos de 160 km/h — sendo que se prevê que um fortalecimento nos próximos dias.

Ao longo do seu mês de vida, desde que se desenvolveu entre a Austrália Ocidental e a Indonésia, Freddy ‘viajou’ mais de 8.046 quilómetros tendo, a certo ponto, chegado a atingir a força de um furacão de categoria cinco. De acordo com o referido jornal norte-americano, insentificou-se rapidamente seis vezes — um facto notável, uma vez que no hemisfério Sul nunca nenhuma tempestade se tinha intensificado rapidamente mais de três vezes.

O diário indica que nos próximos dias, Freddy continuará a noroeste através Canal de Moçambique enquanto se intensifica. No final da semana, é esperado que o seu progresso vá diminuir — há estimativas que indicam que pode parar nesse canal e outras que esperam que ‘regresse’ a leste.

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